Tuesday, October 20, 2009

NOVELA - SOCORRO ESTOU AFUNDANDO!...

Casa do Sr.Gaspar, toda família está de volta da igreja, emotivados com as ultimas palavras do pastor no sermão que falava sobre a fraqueza humana, e os cuidados que cada um de nós precisamos tomar.

Sr.Gaspar - (na hora do almoço comenta) Hoje, estamos passando por momentos que não podemos nos descuidar, precisamos ter muito cuidado, com nossa maneira de agir, ou até mesmo de expressar alguma palavra.
Pois uma palavra mal entendida pode causar muitos transtornos, (Ele nem podia imaginar o que viria pela frente)

Dona Mariana - Falo constantemente com estas crianças, que não é pela força e nem por violência, que se consegue o que quer, mas, com jeito e educação, sobre tudo ser firmes e sinceros e nunca usar da mentiras ou de falsidades para conquistar o que desejar.

A conversa se estendeu por muito tempo, até quando o telefone toca, trazendo noticias desagradável.

Frank - (Corre para atender) Alô, quem está falando? Há, já sei, o que você quer?

Kiara - (No outro lado da linha)
Está uma tremenda confusão aqui em casa, meus pais descobriram tudo.

Frank - Descobriram tudo, o que?

Kiara à Ora, não se faça de desentendido, você sabe muito bem o que estou falando.

Frank - Mas, o que tem isto se nós nos encontramos só uma vez! Estão criando caso só por que saímos juntos?

Kiara - Acontece que com esta única saída, você complicou minha vida.

Frank - Como assim, não estou entendendo nada!

Kiara - Já faz quatro meses depois daquele dia tão gostoso, lá no parque, e de lá pra cá só tenho tido enjôo vômitos e muita tonteira, e meus pais não são idiotas, me imprensaram e tive contar, estou grávida e você é o pai.

Frank - Estou tão apavorado, que não sei nem o que dizer, amanhã agente conversa lá na escola. (desliga o telefone)

Raquel - (vendo a situação de Frank) O que está acontecendo com você? Porque você está tão pálido assim?

Frank - (Desajeitado) Eu não podia imaginar que poderia acontecer uma coisa desta, afinal foi só uma vez!…

Raquel - O que está acontecendo? Vamos, conte-me tudo, quem sabe eu posso te ajudar.

Frank - Como vou explicar isto para o papai, e meus colegas lá da igreja.

Raquel
- Calma! Isto pode acontecer com qualquer um. Pra fazer as coisas certas, você terá que assumir suas responsabilidades.

Frank - Mas, mana, eu só tenho quinze anos!

Raquel
- Você tinha que ter pensado nas conseqüências de seus atos, agora é tarde para se arrepender, mas, procure se controlar que vou te ajudar; onde mora esta garota?

Frank - Pra falar a verdade eu nem sei, agente se vê lá na escola.

Raquel - Então amanhã, lá na escola vou ver o que poderei fazer.

Frank - Está bem, mas, por enquanto não fale nada a ninguém, principalmente para o papai, para não aborrecê-lo.

(Enquanto isto na casa de Kiara)

Sr.Roberval - Eu, vivo me esforçando, e até me arriscando para dar mordomia pra vocês, e você dona Gláucia, não serve nem para ensinar sua filha.

Dona Gláucia - Tudo o que está em meu alcance eu faço, mas quando eles saem lá pra rua o que eu posso fazer?
Eu não posso ficar colada nestes meninos o tempo todo.

Sr.Roberval - Então me explique uma coisa, pelo menos ela lhe falou quem é o pai desta criança?

Dona Gláucia - (preocupada) O que você pretende fazer?

Sr.Roberval - O que vou fazer não te interessa, depois você fica sabendo.

Dona Gláucia - Se você fizer algum mal ao pai desta criança, a sua filha e nem eu vamos te perdoar.

Sr.Roberval - Vocês são uns imprestáveis, mesmos, não sei como fui casar com uma mulher como você, que não sabe nem governar sua casa.

Dona Gláucia - (Tentando amenizar a situação) Mas, eu sei, você se casou comigo, porque gostava de mim, pelo menos eu sentia assim; naquela época, tudo era flores, agora, tudo parece espinhos.

Sr.Roberval - Agente não pode julgar pelas aparências, quando me envolvi com você, a maior parte do meu tempo vivia embriagado, portanto uma pessoa embriagada não pode assumir nenhuma responsabilidade.

Dona Gláucia - Mas, com o tempo tudo se acertou, não é mesmo, mas, vamos, diga lá, o que você pretende fazer com o rapaz?

Sr.Roberval - Ainda não sei, mas garanto que não vou deixar barato.

(neste momento chega o Ricardo)

Ricardo - O que houve, porque a discursão e porque a Kiara está chorando?

Sr.Roberval - Sua irmã, arranjou um neto fora de hora pra mim!

Ricardo - Pai, isto já não é mais nenhuma novidade pra mais ninguém, hoje ninguém mais está se importando com isto, que bom, então vou ser titio! E quém é o pai?

Dona Gláucia - O assunto é sério, e não é hora pra brincadeira.

(esse assunto vai longe)

(Dia seguinte)

Raquel, uma das professoras do colégio, aproveita a ocasião, para alertar seus alunos quanto a gravidez precoce e tanto Frank quanto Kiara, permaneceram calados, sérios, e com medo de dar palpites e seus colegas desconfiassem o que estava acontecendo)

Raquel - Senhorita Kiara, depois da aula, a senhorita permanece na sala pois preciso lhe falar.

Kiara - Sim senhora!

(Momentos depois termina a aula)

Raquel - Pronto, agora podemos conversar, tenho notado que suas notas, estão fracas, o que está acontecendo?

Kiara - (Tentando se justificar e não contar a verdade) Bem professora, eu tenho tido muitas dificuldades para aprender, mas eu prometo que vou me esforçar mais.

Raquel - Você pode ser sincera comigo, não me esconda nada porque já sei de tudo.

Kiara - (Se fazendo de desentendida) Tudo o que professora?

Raquel - Eu sou irmã do Frank, ontem quando você ligou eu estava junto dele e ele me contou tudo, eu só quero ajudar vocês.

Kiara - Eu não sei o que a senhora vai poder fazer para nos ajudar, eu estou com muito medo do papai, ele é muito ignorante e violento e quer a todo custo que eu faça aborto, e também não sei o que ele poderá fazer contra o Frank, não tenho feito outra coisa a não ser me preocupar com isto.

Raquel - O que está feito, está feito, não tem como voltar atrás, mas vamos tentar concertar isto, você me leva até sua casa, quero ter uma conversa com seus familiares.

Kiara - Não sei se a senhora vai gostar do que poderá ver lá.

Raquel - Mas, pelo menos não vão poder dizer que não tentei.

(Mais tarde na casa de Kiara)

Kiara - Entre professora sente-se e fique a vontade, vou chamar minha mãe, (momentos depois) esta é minha mãe.
(As duas se cumprimentam.)

Dona Gláucia - Seja muito bem-vinda a esta casa, a Kiara fala muito da senhora, disse que a senhora é uma boa professora, mas, o que ela aprontou desta vez?

Raquel - Lá na escola, o único mal dela é que as vezes não presta muito a atenção nas aulas e acaba perdendo nota, mas, não é por isto que vim até aqui, vim conversar a respeito da gravidez de sua filha.

Dona Gláucia - É; isto está nos causando sérios aborrecimentos, e estou muito preocupada com o que meu marido possa fazer com pai da criança.

Raquel - Dona Gláucia, estou aqui justamente para tentar ajudar, porque o pai de seu neto é meu irmão, e nós!…
Eu e meus familiares vamos fazer todo o possível para que tudo acabe bem, sei que meu irmão errou mais nem por isto podemos nos precipitar em condená-lo, eles são menores e precisam de nosso apoio.

Dona Gláucia - Entendo que precisamos dar apoio a estas crianças, mas, e o meu marido será que vai entender?
(Em meio à conversa Ricardo acaba de entrar).

Ricardo - Ouvi tudo o que disseram, acho que posso fazer alguma coisa, mande que ele venha falar comigo.

Dona Gláucia - O que você pretende fazer para ajudá-lo?

Ricardo - Bem! Nas condições deste caso, o que se pode fazer, é dar emprego pra ele em nossa empresa.

Raquel - Mas, ele é muito criança, e como vão ficar seus estudos?

Ricardo - Eu não quero ser grosseiro com a senhorita, mas ele tinha que ter pensado nisto antes.

Raquel - Eu já disse isto pra ele, mas por ele ser tão jovem, não podemos prejudicar seus estudos.

Ricardo - Está bem! Se ele desempenhar as suas funções diacordo com nossas exigências, daremos a ele o tempo para que possa estudar.

Raquel - (Se mostra muito interessada por Ricardo) Sei que está sendo razoável, e vou confiar, você parece ser pessoa de bem, vou mandá-lo aqui pra vocês se entenderem, foi um prazer muito grande em conhecer vocês, até outro dia. (sai)

Dona Gláucia - Você não está pensando em colocar este menino em posto de venda de drogas não, não é mesmo?

Ricardo - Porque não, ele agora faz parte da família.

Dona Gláucia - Esta falta de humanidade de vocês, me dá nojo.

Ricardo à (cínico) Acontece que o que fazemos, ajudamos a toda comunidade, a senhora não vê como somos respeitados, se não atravessarem em nosso caminho; tudo bem, não tem nenhum problema!

Dona Gláucia - Ainda sou a favor da honestidade, tudo que se ganha com esforço de seu suor, é muito mais saudável e sem risco nenhum.

Ricardo - Parece até que a senhora não gosta da mordomia que tem!

Dona Glaucia - Por acaso vocês me deixam alguma opção?

Enquanto discutiam; na casa de Frank o clima era tenso, pois precisavam contar a novidade a seu pai, e preocupados com sua reação, estavam sempre adiando a conversa, mas chega em um ponto, que tudo deverá ser esclarecido.
É hora de almoço e o Sr.Gaspar acaba de chegar


Sr.Gaspar - Bom dia crianças!
(modo carinhoso de falar a seus filhos, pois para os pais os filhos são sempre crianças)

Todos - Bom dia papai! (Com caras de espanto)

Sr. Gaspar - Parece que vocês estão querendo me falar alguma coisa, será alguma surpresa?

Raquel - Sim, papai, só que o senhor não vai agradar da surpresa!

Sr.Gaspar - Só posso dizer se agrado ou não, depois de saber do que se trata!

Raquel - Estamos com medo de lhe dar a noticia!

Sr. Gaspar - Vocês estão me deixando preocupado, o que aconteceu?

Raquel - (engasgando na palavra)Bom!… Não temos como escapar desta noticia, o senhor vai ser avô, pronto, falei!

Sr.Gaspar - - (Que estava de pé, com o susto arreia de vez nacadeira) Mas, que história é esta, jamais imaginei que um filho meu viesse me dar um desgosto deste tamanho, se engravidar solteira, quém é o pai desta criança?

Raquel - Calma papai, eu não estou grávida, o neto que o senhor está esperando é filho do Frank.

Sr. Gaspar - (mais assustado ficou) Como assim, que brincadeira é essa, o Frank só tem quinze anos!

Raquel - É papai, mais isto não o impediu de lhe dar um neto.

Sr.Gaspar - Como foi isto meu filho, como caiu nesta armadilha, tem certeza que é mesmo seu filho?

Frank - Pra fazer as coisas erradas, agente não pensa, quem poderia imaginar que isto aconteceria logo comigo, mas agora, o que está feito, está feito e não tenho como voltar atrás, e vou precisar da ajuda de toda família.

Sr. Gaspar - Tem que saber, se este filho é realmente seu, quem é esta moça e onde mora?

Frank - Ela é filha do senhor Roberval, dizem ser comerciantes.

Sr.Gaspar - Hiche!… Se esta moça for filha de quem estou pensando, estamos todos em maus lençóis.

Raquel - (Inocente) Porque papai, pelo menos o filho dele é muito simpático, e prometeu em ajudar o Frank, ele mesmo não fiquei conhecendo, pois disseram que ele estava no trabalho.

Sr.Gaspar - Espero em Deus, que isto não venha trazer maiores conseqüências, e não servir de exemplos para outros, o que me preocupa é a reação dos nossos irmãos lá da igreja, como vou encarar o meu compromisso diante dos irmãos?

Dona Mariana - Este mundo está mesmo perdido, do que tem adiantado os nossos conselhos?
Agente aconselha em casa, recebem conselhos do pastor, dos professores da escola dominical, pra quê? Se quando sai porta afora já esqueceu tudo o que foi ensinado.

Márcia
- Mamãe, agora os tempos são outros, e agente tem que se adaptar a estes tempo.

Dona Mariana - Pra nós que somos crentes, devemos ignorar certas modernidades, Deus não agrada disto.

Sr. Gaspar - Por outro lado, não podemos forçar ninguém a andar nos caminhos certos, só que cada um deverá assumir as conseqüência de seus atos.

Lenaide - Se fosse comigo esta história, estavam todos se descabelando.

Dona Mariana - Minha filha, você tem que dar muitas graças a Deus, pois ele colocou juízo em sua cabeça, e temos a certeza que não vamos passar este desgosto por sua causa.

Raquel - Acho que agora, é encarar os fatos, e não condenar ninguém, afinal será mais um membro na família, um não, dois, pois a Kiara agora também faz parte de nós.

Sr.Gaspar - Por um lado fico até feliz com a chegada deste neto, mas por outro, me preocupa muito, por se tratar de quém são.

Márcia - Quém sabe isto não está nos planos de Deus, para a salvação destas pessoas.

Dona Mariana - É, pensando assim!…

Frank - Parece que vocês estão gostando da idéia, mas ninguém se interessou saber como fica a minha situação, eu não sei o que fazer quando eu chegar lá na igreja.

Lenaide - Você está esquentando a cabeça atôa, isto logo fica no esquecimento, e todos se acostuma com isto, é só ficar uns dias sem dar as caras, e tudo certo. (CONTINUA)

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