Monday, July 28, 2014

A GRANDE PROMESSA CAPÍTULO 11 "DESENTENDIMENTO ENTRE OS PASTORES"

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Anos depois, já nas dependências de Abrão, mais precisamente no curral, havia uma discórdia, entre os pastores de gado de Abrão e Ló.

Primeiro pastor -- Você não devia maltratar tanto assim seu animal, se Ló souber ele não vai gostar de ver o que você está fazendo.

Segundo pastor -- Não quero palpites de outro pau mandado, que nem eu mesmo; você anda se metendo muito comigo, qualquer dia destes eu perco a cabeça, e você pode se dar muito mal comigo, cuide de sua vida e me deixe em paz, da minha vida cuido eu, não se meta.

Primeiro pastor -- Eu não tenho medo de cara feia, mas você precisa ser um pouco mais educado, só queria te dar um alerta, você precisa ter mais paciência em seu trabalho.
Seu animal não tem culpa nenhuma de seus problemas, não queira descontar seus fracassos em cima de quem não sabe se defender e de mais a mais o tempo que você está perdendo com suas ignorâncias, já teria terminado suas obrigações.

Segundo pastor -- Chega, não quero ouvi-lo mais; você é um intrometido, um tremendo de um puxa saco, está querendo fazer média com Ló, o que você ganha com isto, será que você ganha mais que eu por causa desta puxação?

Primeiro pastor -- Eu só gosto de fazer as coisas certas, e não me arrependo por isto, eu não trabalho para puxar ninguém.
Mas gosto de fazer minhas obrigações, de maneira a não deixar margem para que ninguém me chame à atenção, por uma coisa banal.
Afinal de contas se não estou satisfeito com meu serviço, tenho que falar é com o patrão, mas nunca descontar minhas frustrações em cima de outro.

Segundo pastor -- (em tom de ameaças) Suma daqui, não quero ver sua cara por aqui, se você cruzar meu caminho novamente, juro que lhe mato, fique com sua dedicação fajuta e vai, a....

(É interrompido por Eliezer)

Eliezer -- Chega de discussão, se Abrão souber ele vai castigar os dois, já há muito tempo que venho observando os dois e tenho notado que não estão se entendo, e podem ser castigados por isto.

Abrão -- (entra em cena) Não quero que os nossos problemas sejam resolvidos a custa de violência, nem de sangue derramado, (dirige a Eliezer)…vá chamar Ló, quanto a vocês dois, vá cuidar de suas obrigações e não me arranjem mais problemas !... (os dois saem)

Ló -- (entrando) Mandou me chamar meu tio? Vim logo que recebi a noticia da briga dos pastores, quem começou?

Abrão -- Quem começou isto não importa, nossos pastores estão brigando muito, e estão sempre se desentendendo, precisamos tomar providências urgentes, para não causar um mal maior, o que você me sugere?

Ló -- Meu tio Abrão, eu já havia notado as indiferenças entre nossos pastores, mas ainda não tinha visto nada sério, mas pelo que Eliezer me falou desta vez, foi muito desagradável; o que podemos fazer? Só se…

Abrão -- Só se o que?… Termine…

Ló -- Bem, nosso gado tem aumentado muito graças a Deus, e estou vendo que nossos pastos estão ficando pouco, será que não está na hora de separar-mos? Mas isto se o Senhor estiver de acordo.

Abrão – É!… Pra dizer a verdade, eu já havia pensado nisto também e vejo que chegou o momento.
Pois bem, você pode escolher as terras que quiser; se escolheres a minha direita eu vou para esquerda.
E se a esquerda escolher, para direita eu irei, pra mim não faz diferença, pois o meu Deus vai estar comigo onde eu estiver.

Ló -- (Olha pra direita, olha para a esquerda e decide)… Da mesma maneira penso eu, mas já que o senhor me deu a oportunidade de escolher, vou ficar com estas terras das campinas do Jordão, pros lados de Sodoma.


Abrão -- Pra mim tudo bem, eu fico aqui pelas bandas de Canaã mesmo, podemos então começar a dividir nossas coisas e nossos gados, e que o nosso Deus nos ajude nesta decisão. 
----------------- EJO ------------------ Continua

                          


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