Capítulo --
29
Jeremias -
Você!... Não vai dar uma de frouxo, agora, vai?
Eu ouvi a
sua conversa com seu padrinho, mas, pensei que você só estava querendo fazer
uma média com ele, e que tudo voltaria à normalidade.
Ficar
emocionado por causa do Ricardinho, não vai trazê-lo de volta, e também não
pode servir de base para atrapalhar nossos negócios.
Cecílio -
É!... Você tem razão, eu não posso deixar me abater, além do mais tem muito
dinheiro em jogo.Mas, estou pensando seriamente nas palavras do padrinho,
afinal de contas devo muito a ele.
Jeremias -
Temos que entender que, pra pessoas como nós, não tem como voltar atrás.
A nossa
vida é como um corredor, onde não tem como se manobrar um carro, e só nos resta
seguir em frente.
Olha, já
estou com sono, vou dormir, já são quase duas horas e amanhã teremos um dia
muito puxado, e precisamos estar em forma, pois ainda teremos muitas emoções
fortes pela frente!... Boa noite.
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Dia
seguinte, na residência de Rita, aproximando à hora do almoço e da dita
reunião, enquanto espera, Antonio Carlos atualiza sua leitura, em um
Jornal, de grande credibilidade da cidade.
Neste
momento, ele está lendo exatamente, uma matéria a respeito do desastre aéreo no
Aeroporto de São Paulo, mal acreditava no que estava lendo.
Ficou estarrecido
diante de tanto sofrimento daquelas pessoas, apesar de tanta divulgação, não
tinha como ficar informado uma vez que em seu trabalho, não tinha como saber
das noticias, no momento da divulgação.
Pois era
terminantemente proibido, pelo menos em algum setor, qualquer assunto que
viesse atrapalhar a linha de produção da empresa.
E só agora
toma pé da situação, pois era sábado dia de sua folga.
Para, tal
reunião todos da casa já estão presentes, aguardando a chegada de Carlos
Alberto.
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Antonio Carlos - (Comenta)... As noticias pra mim, chegam um tanto atrasadas,
devido às normas da empresa e quando chego em casa não quero saber de nada só
quero dar atenção pra minha família, e só agora fiquei sabendo o que aconteceu
ontem; Que tragédia hém!... Rita você que administra o departamento do pessoal
da empresa, verifique se tem por acaso gente nossa envolvida nesta tragédia, quem
sabe se estamos aqui de braços cruzados, tendo alguém precisando de nós?
Rita - Eu
até queria comentar isto com você, mas antes de mim o jornal chegou em suas
mãos e você já está a par dos acontecimentos.
Quanto a
algum de nossos funcionários, já tomei todas as providências, e não foi
constatada, ninguém nosso. (faz uma pausa) Mas, estou me lembrando, que, o
Reitor quando esteve lá na homenagem que fizemos para o Carlos Alberto, ele
estava de passagem comprada para aquelas bandas do sul, tratando de negócios
relativos à Universidade, e que estaria de volta neste voou sim.
Carlos
Alberto - (acaba de chegar) Pelo visto a conversa é a respeito da tragédia, eu
passei por lá, e de longe dava pra ver a movimentação!... Nunca vi coisa mais
horrível, eram corpos queimados e espalhados por todos os lados. (fala
demonstrando emoção, e muito consternado) Me dá até arrepios ao lembrar daquilo
tudo!...
Rita - Você
está tão comovido com esta história, que chegou entrou na conversa, e nem se
lembrou que eu estava aqui te esperando, cadê o meu abraço e o meu beijo?
Carlos
Alberto (desconsertado, se desculpa) Bem!...Eu acho que ainda estou muito novo
de casa pra tomar certas liberdades, é tudo que eu mais queria fazer, mas,
tenho que me controlar, tudo ainda está no começo, e teremos muito tempo para
nos dedicar um ao outro.
--------- EJO -------- Continua
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