Thursday, October 16, 2014

NUNCA É TARDE PARA VOLTAR -- 14

Capitulo 14


Julia -- (atendendo ao telefone) Alô: é da residência do Sr.Edson Carvalhare; deseja falar com quem?

Senhor Sucupira -- Preciso falar com o Sr.Dinho, é muito importante.

Julia -- O senhor pode esperar um minutinho?... Por favor, vou ver se ele se encontra.

Alguns minutos depois.

Sr.Dinho -- Pois não, com quem estou falando?

Senhor Sucupira -- Primeiro gostaria que não se assustasse, pois tenho muitas declarações a fazer, eu sou o Senhor Sucupira, o tal que fez a limpeza em seu hotel de Londres, gostaria de falar sobre o seu funcionário que desapareceu.
O senhor deve ter ficado indignado por ele não ter dado nenhuma noticia de seu desaparecimento, não precisa mais contar com o serviço dele, pois ele nunca mais vai voltar, como o senhor sabe eu sou faxineiro e gosto de limpar tudo o que está sujo, e ele era um corrupto, e também não podia deixá-lo dar com a língua nos dentes, ele sabia muito a meu respeito.

Sr.Dinho -- Tenho visto noticias nos jornais, a respeito de seus feitos, você acha que é correto fazer justiça fora da lei?

Senhor Sucupira -- Fazer justiça com as próprias mãos, talvez isto não fosse o correto, mas agente fica esperando soluções por parte da justiça oficial.
E nada é feito, e cansamos de esperar; por isto é que me faço de médico para tirar a doença da sociedade, pois todos sabem que o câncer da corrupção está se alastrando cada vez mais, e não tomam as providencias que precisam tomar.
A corrupção pra mim é uma doença que precisa ser combatida a qualquer custo.

Sr.Dinho -- O senhor parece ter prazer em agir desta maneira, parece se sentir orgulhoso com isto.

Senhor Sucupira -- Não!... Não Sr. Dinho, eu não sinto nenhum orgulho e nem prazer em fazer o que faço, mas alguém precisa fazer alguma coisa.
Um jornal de minha cidade divulgou uma nota dizendo, que todas as pessoas que tirei de circulação eram pessoas de alta periculosidade, e até me agradecia pela limpeza.
Eles até me taxaram por vingador, eu não sou vingador sou justiceiro, por que os inocentes não precisam ter medo de mim, pois meu assunto é tão somente com pessoas inescrupulosas.
Não me sinto um salvador do mundo, mas tenho o dever de fazer a minha parte para tentar corrigir o que está errado, e vou continuar com minha faxina, tenho obrigação de limpar o que está sujo, enquanto eu viver vou fazer a minha parte espero que o senhor me entenda.


Sr. Dinho -- E O Senhor não têm medo de morrer, não?... E sua consciência diante de Deus como fica?  
-------------- EJO ---------------- Continua



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