Friday, October 14, 2016

O FALSÁRIO

                             INTRODUÇÃO
Em um pet shop, de luxo no centro de São Paulo, enquanto esperavam ser atendidos;
Antonio com seu cãozinho no colo olha fixamente, para Madalena que estava com uma cadelinha idêntica, pareciam até serem irmãos.
               O FALSÁRIO – UMA HISTÓRIA DE AMOR
Com muitas aventuras, ciúmes, corrupção, malandragem, e falsificações.
Uma grande batalha do bem contra o mal, e claro que terá um final feliz, pois a justiça sempre vence.
Antonio - *Querendo ser amável procura assunto com Madalena*
 Como é o nome de seu cãozinho?
Madalena - Não é cãozinho é uma cadelinha que amo muito, se chama Flor.
Antonio – Incrível, como ela se parece com meu cãozinho; gostaria de me apresentar; eu sou Antonio Engenheiro Civil, e você?
Madalena - Você é uma simpatia, meu nome é Madalena, sou auxiliar de enfermagem na Clinica Santa Isabel.
Antonio - Pelo visto hoje agente não vai ser atendido tão cedo, olha quanta gente estão em nossa frente, que movimento, hem?
Madalena - Logo hoje que precisava ser atendida com mais pressa; tem esse atraso todo, vou precisar me justificar pra não sofrer retaliações, da Clinica.
Antonio - Mas, hoje é sábado, não é sua folga?
Madalena - Quem trabalha nesta área não pode ter essas regalias, a qualquer hora ou a qualquer momento, mesmo estando de folga somos obrigados a comparecer, depende da urgência dos pacientes.

*Em fim foram atendidos, marcando para buscar os cãezinhos três dias depois*.

Madalena - Mas, três dias, é tempo demais, vou ficar com saudades.

Atendente - Não posso marcar para antes disto, pois temos muito trabalho pela frente, é cachorro demais pra ser tratado, mas, não se preocupem os cãezinhos de vocês terão tratamento vip aqui.
Antonio - Pra mim tudo bem, contanto que o meu cachorro e a cadelinha dela fiquem prontos no mesmo dia, e no mesmo horário.
Madalena - *Entendendo toda jogada de Antonio*
 Fico aguardando com ansiedade, por este momento.
Antonio - Pegue meu cartão, quando você vier buscar sua cadelinha, me ligue, gostaria de te ver novamente e te conhecer melhor...
*Na solidão da noite Madalena, angustiada pensando como estaria sua cadelinha, veio em sua mente à figura de Antonio, pensou em tudo o que acontecera naquele dia e na tentativa de pegar no sono, e em seus pensamentos não saía à imagem de Antonio, em suas palavras, na sua formosura; que simpatia, de pessoa, será que mora aqui na redondeza?*
*Se ele me deu o cartão não vai se incomodar de me atender, vou ligar pra ele e procurar saber, e quando formos buscar os cachorros, não vou perder tempo, quem sabe será ele o meu eleito.
*Parecia que os dois estavam conectados porque Antonio também estava todo imotivado com ela, enquanto dirigia pensava em Madalena*
Madalena – Olá, boa noite! Tudo bem com você? Ei, psiuuuuu, está ocupado? Porque não atende?... Não quer me atender, não quer falar comigo?

Antonio – Não, não, minha linda, não é isto, é que eu estou no trânsito, tive que forçar para encostar e falar contigo, tudo bem com você?
Madalena – Chiiiiii: me desculpe, se eu soubesse não teria ligado, a ansiedade me fez ser inconveniente com você.
Antonio – Não se preocupe só o prazer de ouvir sua voz, compensa qualquer sacrifício, estou feliz em te ouvir, mas isto é hora de criança estar dormindo, viu.
Madalena – Não ficou zangado comigo?
Antonio – Porque ficaria? Se tudo que desejo é estar ao seu lado!... Mas me diga; alguma novidade?
Madalena – A novidade é que já está tarde e eu não consigo dormir, ai me lembrei de seu cartão e resolvi te ligar.
Fiquei sabendo também que você participa do Face book, entrei e te encontrei e vi suas fotos, e de uma a uma foi me chamando à atenção, por isso te chamei no seu celular, como você não me atendeu pensei que você já teria mais com quem se preocupar porque já estaria comprometido
Antonio – Comprometido, eu? As foto de mulher que viu, são todas da família;  ainda não apareceu a pessoa dos meus sonhos, mas!...
Madalena – Gostei desse, mas... Isto indica que você ainda está livre, e quem sabe... Vou desligar quando chegar em casa, promete que me liga?
Antonio – Eu até queria ter feito isto há mais tempo, fiquei com medo, de você não entender, e me escorraçar.
Madalena – Jamais faria isto;  me desculpe por ter lhe atrapalhar no trânsito!...
Antonio – Você não me atrapalhou, aliás, eu lhe agradeço por ter ligado, esta sua ligação foi providencial, pois logo que eu me encostei pra lhe falar, houve uma grande batida, poderia ter sido eu, na verdade você me salvou mesmo sem saber, pelo jeito não vou conseguir chegar em casa hoje, pois congestionou tudo.
Madalena -- Onde você está? Então podemos conversar mais?
Antonio – Estou a uns trinta quilômetros de casa, e você, está em casa ou na balada?
Madalena – Estou em casa sem sono, me diga você é comprometido?
Antonio – Você pergunta novamente para confirmar, claro que não, como disse ainda não encontrei ninguém que me desse alguma importância, espero que...
Madalena -- Hummmmm... Agora você me deixou encucada de vez, será que vou ter alguma chance com você?
Antonio – Tudo é possível, precisamos nos conhecer melhor!
Êba!... Liberaram o trânsito, daqui a pouco estarei em casa, vou descansar um pouco, mas amanhã te ligo ok?
Madalena – Estarei ansiosa a sua espera, cuidado com o trânsito, não quero perder a esperança de ser feliz.
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*Dia seguinte*

Antonio – *Nas primeiras horas do dia, digo em horário comercial; os três dias combinado com o Pet Shop já se passaram*
Alô... Gostaria de falar com a senhorita Madalena
Empregada – Sim, pois não, a quem devo anunciar?
Antonio – *Tendo cuidado para não trazer problemas a Madalena*
Diga a ela apenas que é o novo amigo, ela sabe quem é.
Empregada – Tudo bem vou chamá-la.
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*Minutos depois*
Madalena – Oi, Antonio?

Antonio – Sim, mas pode me chamar de Ton, aqui em casa todos me chamam assim.

Madalena -- Que bom que você ligou, gostei de Ton, aqui a minha família me chamam de Flor, foi por isso que coloquei o nome de meu apelido na minha cadelinha.
Antonio – Te liguei pra saber como você está, te dei o cartão pra você me ligar marcando à hora do Pet Shop, mas não resisti a espera, e estou ligando, já está aproximando a hora, você já está pronta pra sair?
Madalena – Moro aqui por perto, rapidamente estarei ai, e você já está aí no Pete - shop a minha espera?
Antonio -- É por isso mesmo que estou te ligando, estou ansioso pra te ver!...
Madalena – Tenha um pouco de paciência que já, já estarei aí.
Antonio – Então vou desligar pra não te atrasar, não vejo à hora de te encontrar de novo.
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*Meia hora mais tarde se encontraram*
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Madalena – Oi meu amigo, que bom te ver, como estava ansiosa por este momento *Aproxima e dá um beijo carinhoso no rosto de Antonio*
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Antonio – *Um quarentão, porém de muito boa aparência*
 Não sei por que carga d’água está me sentindo um garotão perto de você, tenho que entender que não tenho nenhuma chance, pois sou bem mais velho que você, e não vejo nenhuma possibilidade de um relacionamento mais profundo.
Madalena – Vai dizer que é preconceituoso também? Que pena!... No mundo de hoje, nossas preferências ainda se baseiam na idade das pessoas.
OK, respeito seu ponto de vista.
Antonio – Não, eu não sou preconceituoso, apenas me coloco, no meu lugar.
Madalena – Vou dizer pra você mais uma vez, eu não me importo se você é mais velho que eu, precisamos entender que no mundo, todos Tem o direito em ser feliz.
Há!... Fiquei muito impressionada com suas fotos no Face book.
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*E em meio àquela conversa tão importante para os dois, o funcionário do Pet Shop, aparece*.
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Funcionário – Você são os donos dos cachorros mais bonitos que já apareceram aqui, fizemos um concurso entre a cachorrada, e eles, receberam o troféu.
E também o premio, ganharam o maior numero de votos, por isso estão nas gaiolas em exposição.
Antonio – Maravilha, então, onde estão o troféu e o premio?
Funcionário – O troféu está junto das gaiolas, e o premio, é um tratamento de primeira qualidade duas vezes por mês, durante um ano.
Madalena – Viu Tom, tudo está conspirando a nosso favor.
Funcionário – Mas tem um detalhe; vocês os deixarem por alguns dias a mais aqui
Por causa deles, nosso faturamento, está bom-bando.
*implorando*
Deixe os mais uns dias!... Não se preocupem eles serão muito bem tratados.
Antonio – Primeiro tenho que me confidenciar com minha amiga aqui, me dê um prazo pra pensar, depois te chamo.
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*Afastaram-se da loja, e foram para o jardim ao lado*
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Antônio – O que acha da proposta?
Só receberemos os prêmios, se deixá-los na loja pra divulgação; realmente eles chamam a atenção de todos, olha como ficam admirando, e com isto a loja está faturando.
Madalena – Eu já estou pensando um pouco mais a frente, pra mim estes prêmios não vão fazer a menor diferença, acontece que, pensando bem, vamos ter mais oportunidade de nos ver.
Antônio – Você falando assim, eu fico todo lengazão, cheio de idéias... 

Madalena – Então mostre essas idéias, vou te ajudar
*Toma a iniciativa do primeiro beijo, deixando Antonio ainda mais atônito*
Antônio – Nossa; nunca pensei que eu ia me estremecer tanto assim, já até pensava ter passado o meu tempo, mas agora vejo que está apenas começando.
Madalena – Isto meu amor, demonstre que está vivo e bem vivo, eu te amo, eu te quero!
Antônio – Desde o momento em que a vi pela primeira vez, o meu coração não parou de pulsar embalado pela sua imagem em minha cabeça.
Madalena – Você deve estar achando que sou uma irresponsável tomando as iniciativas; na verdade me sentia só e procurava uma companhia dentro das minhas predileções, ou seja, alguém com mais experiência, que eu...
E quando o vi pela primeira vez, falei comigo mesma, é este o cara!...
Antônio – Então pra mim já está bem claro que encontrei a mulher de minha vida, serei correspondido?
Madalena – É claro, já o considero meu amor, e não pretendo me desgrudar de você nunca mais.
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*Trocaram mais alguns beijos, e decidiram que deveriam receber os prêmios, e vão buscar o troféu, já que os cachorros iriam ficar por mais algum tempo*
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Antônio – *Na loja*
Queira nos dar o troféu, concordamos com sua proposta
*Ao receber o troféu, passa o para Madalena*
Tome, ele é seu, você merece, o meu eu já recebi; pra mim o seu amor é o troféu maior que um homem poderia receber.
Madalena – *Se enche de si*
Então você acha que eu mereço tudo isto, vou aceitar, porque ao vê-lo estarei sempre lembrando de você, então vamos?
Antônio – Quando poderemos nos ver?
Madalena – Te espero lá em casa.
Antônio – Eu te ligo
*SE despediram com muito carinho e com muitos beijos, cada um entra em seu carro e vão a direções opostas*

*Dias depois, o telefone de Madalena toca, e ao ver o nome de Antônio na tela do celular, sai da presença de sua família, pra falar mais a vontade*
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Madalena – Oi, Ton, meu amor, como está você?  Os dias pra mim, pareciam que não passavam, estava louca pra ouvir a sua voz.
Antônio – Eu também, mas meu trabalho me toma muito tempo, por isso demorei a te ligar.
Madalena – Que dia você vai poder vir aqui em casa?
Antônio – Pois é, estou fora da cidade, mas amanhã estarei em São Paulo, gostaria de te ver, estou com muita saudade, será que seus pais vão me receber, estou meio sem graça, com medo do que possa acontecer.
Madalena – Bobinho!... Eles já estão te esperando, já falei tudo pra eles, saiba que eu te amo, não vejo a hora de estarmos juntos.
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*Dia seguinte, na casa de Madalena a campainha toca, e Madalena corre para atender.
Ao abrir a porta e constatar que era o Antônio, lança-se em seu pescoço, beijando o sem se preocupar com quem estivesse por perto*
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Madalena – *Quase sem respirar*
 Meu amor!... Que saudade!... Entre por favor.
Antônio – Também estava ansioso por este momento.
Madalena – Venha, vou te apresentar a meus pais...
*Em seguida*
Estes são os meus pais.
Tom – É um prazer muito grande em conhecer a família de quem eu gosto muito.
Senhor Floriano – É um prazer também em conhecer uma pessoa de que minha filha fala tão bem!...
Madalena – Meu, pai, nós estamos namorando, o senhor tem alguma coisa contra?
Senhor Floriano – Não minha filha, fico até muito feliz, em saber que você também está feliz.
Dona Flora – *Estendendo a mão*
Eu também quero te dar as boas vindas, fique a vontade, vou fazer um cafezinho pra brindar este momento.
Maria Rosa – Seja bem-vindo, meu futuro cunhado, pra Madalena você está num trono, ela não fala de outra coisa. Tudo tem que ter você no meio!
Tom – Fico até sem graça com tanta amabilidade; mas feliz, com a recepção calorosa, vocês são muito gentis, espero não trazer nenhuma decepção.
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*Em meio à euforia de apresentação, acabava de chegar da fazenda, o advogado e administrador*
*A fazenda Roseiral, muito bem cuidada: o senhor Floriano com uma dedicação fora do comum, trazia tudo muito bem organizado, com uma área para criação de gados, uma área pra plantios diversos, mas o ponto alto da fazenda, o que sustenta todas as suas despesas é o cultivo de flores.
Que além de fornecer para as cidades vizinhas, também exporta, trazendo grandes lucros, para assim manter todas as despesas tanto da fazenda como também de sua família que mora na capital*
Alfredo - *Um jovem advogado, inteligente e ganancioso, mas de péssimo caráter* Como estão às coisas por aqui? Pelo que vejo temos visita.
Senhor Floriano – Este é Antonio, namorado de Madalena; mas a que veio, tem algum problema na fazenda?
Alfredo - *Não gostando da noticia do namoro, não dá a mínima atenção para Antonio, e responde rispidamente, encaminhando para o escritório*
 Muitos; e o senhor precisa estar a par de tudo o que está acontecendo por lá.
Que brincadeira é essa de Madalena com namorado, ela sabe muito bem do meu sentimento por ela!
Senhor Floriano – A Madalena é maior de idade, e sabe o que quer da vida, ninguém pode interferir nos sentimentos do outro, tudo só funciona quando existem sentimento e respeito de ambas as partes, e pelo que sei ela nunca lhe deu nenhuma esperança de namoro e acho muito difícil você conseguir alguma coisa com ela.
Alfredo - Mas garanto pro senhor, que não vou desistir dela, eu a amo desde que a vi pela primeira vez, quando cheguei pra trabalhar com o senhor.
Senhor Floriano – Espero que você não venha me trazer problemas, mas me diga lá o que está acontecendo na fazenda de tão grave?

Alfredo - Precisamos estudar uma maneira de acabar com uma peste que está prejudicando a lavoura de flores, já tentei de várias maneiras, mas não estou conseguindo resultado satisfatório, por isso gostaria que o senhor fosse lá pra ver com seus próprios olhos.
Senhor Floriano – Já levou alguma amostra para o laboratório?
Alfredo - Sim, mas o inseticida que mandaram comprar parece ser alimento para as pragas.
Senhor Floriano - Então não podemos perder mais tempo, vamos imediatamente para fazenda, lá vou ver o que se pode fazer.
Alfredo - *Voltando pra sala onde estava o casal de apaixonados, chama Madalena para uma conversa em particular*
Há tanto tempo venho te pedindo em namoro e você não me dá a resposta que eu preciso ouvir, agora vejo você enrabichada com esse cara que nem conhece, você vai se dar muito mal com isso.
Madalena - Você não manda no meu coração e ele já tem dono, me apaixonei por ele desde o momento que o vi, e ele também se apaixonou por mim, e vivemos um para agradar o outro.
Alfredo - Desgrassado!...
Isso não vai ficar assim, vou tirá-lo de meu caminho, custe o que custar.
Madalena – Ele não está no seu caminho, porque eu nunca lhe dei nenhuma esperança.
*Nisso o senhor Floriano acaba chegar à sala com sua mochila de roupas, pois não sabia há quanto tempo iria ter que ficar na fazenda*
Senhor Floriano - Flora, não conte comigo por estes dias, tenho problemas sérios para resolver na fazenda, me ligue se houver alguma emergência
*Vai saindo os dois, Alfredo volta para Madalena, e diz*
Alfredo - A nossa conversa ainda não terminou, termine este namoro idiota e vem pra mim, do contrário,  você vai se arrepender amargamente.
Madalena - As suas ameaças não têm nenhum efeito pra mim, sou maior de idade e também sei lutar pelo que quero e o que quero e a quem quero não é você.
Alfredo - *Sai cuspindo marimbondo*
Veremos, depois não diga que não foi avisada!...
*Madalena volta pra junto de Ton*

Ton - Esse cara é seu parente, pra te tratar assim dessa maneira, pelos gestos dele vi que ele está querendo te impor, porque se gesticulava tanto?
Madalena - Foi até bom que ele aparecesse por aqui hoje, porque assim você fica sabendo o que tem acontecido, não quero te esconder nada.
Esse sujeito veio trabalhar em nossa fazenda, quando eu era ainda muito menina, e ele se acostumou tanto aqui em casa que se acha no direito de mandar em mim.
Ton - Qual o sentimento dele para com você?
Madalena - Ele está sempre me abordando e jogando piadinhas pra cima de mim, dizendo que eu sou o amor da vida dele; mas eu nunca lhe dei nenhuma esperança; tenho o como meu irmão.
Ton - É, mas ele não está pensando assim não, da maneira que gesticulava deu pra entender que você tem medo dele.
Madalena - E com razão, de vez enquanto ele aparece com alguns objetos suspeitos lá na fazenda, até um carro importado, e o salário dele não cobre tantas despesas e meu pai já fez a ele ameaças de demití-lo.
Não sei por que, mas o meu pai parece ter receio que ele esteja envolvido com traficantes
E acho também que ele deve fazer alguma ameaça, e o meu pai alega que não o despede porque ele é um bom advogado e não quer perdê-lo, mas o fato é que meu pai parece que também tem muito medo dele.
Ton - Agora você me deixou encucado, precisamos ter muito cuidado com ele, com pessoas assim agente tem que ficar de olhos bem abertos.
Madalena - Ele saiu daqui dizendo que vai fazer de tudo para atrapalhar nosso namoro.
Ton - O que ele poderá fazer para nos atrapalhar?
Madalena - Ele é cheio de manha, melhor agente ficar atento

*O tempo passa e o casal cada vez mais apaixonado, e Alfredo cada vez mais revoltado, estudando uma maneira para acabar com o romance dois*
*Estava rolando uma série de notas falsas no comercio, e a policia já estava indignada por não conseguir localizar o autor deste terrível crime.
Foi quando passou pela cabeça de Alfredo, que pensava em alta voz*

Alfredo - Acho que achei a maneira de dar um basta neste namoro idiota; avisei, não quiseram me dar ouvidos, agora sofram as conseqüências.

*Era sábado à tarde e Antonio estava chegando à casa de Madalena, Alfredo com seu carro estacionado a certa distancia pode observar quando o viu chegar, deu um tempo para se aproximar*

Madalena - Ô!...Meu amor que saudade, parecia que este dia não ia chegar nunca, está sendo muito difícil pra mim esperar uma semana toda pra gente se ver.

Antonio - Primeiro o meu beijo, depois agente conversa.

Madalena - É claro, *depois de um longo e delicioso beijo*
Bom!...
Agora podemos conversar; como foi a sua semana?

Ton - De muito sofrimento.

Madalena - Mas porque, houve algum problema sério com você?

Ton - A sua ausência é o meu maior problema, se eu pudesse não sairia de perto de você nunca, ainda mais com esse cara te rondando, passei a semana toda preocupado com você.

Madalena - Comigo você não precisa se preocupar, porque esse tempo todo de nossa convivência aprendi a me esquivar dele, ele não me interessa!...

*Mais uma vez se envolvem em um beijo de dar inveja aos que presenciavam, Maria Rosa que estava chegando com uma bandeja de café, aguarda assistindo aquela cena inesquecível.
Com uma mão segurava a bandeja e com a outra abanava o rosto em sinal de que poderia ela também estar naquela situação de amor, e, no entanto estava só até aquele dia.
Enquanto servia o cafezinho para Ton, Alfredo que também estava à espreita assistindo o beijo que poderia ser o seu, entra de cara amarrada e pisando forte na sala, exatamente para chamar a atenção.
Era época de frio e na moda do momento todos usavam casacos de couro, ele olhava para o casaco de Tom que estava no encosto da poltrona, e com pensamento nada convencional, dali surgia a idéia de por seus planos em ação.

Alfredo - Desculpem-me, não queria atrapalhar, preciso falar com seu pai, ele está?

Madalena - Porque não ligou pra ele, antes?

Alfredo - Acha mesmo que faria isto, se tenho a oportunidade de te ver, mesmo sabendo, que você não me quer?
Continuo te dizendo que ainda não desisti de você, mais cedo ou mais tarde você será minha, custe o que custar; vou te provar que você está enganada com este sujeito.

Antonio - Você é um tremendo cara de pau, será que ainda não entendeu que com Madalena você não terá nenhuma chance?

Alfredo - *Em tom ameaçador* É o que veremos!... Afinal
*falando a Madalena*
Seu pai vai poder me atender?

Madalena - Vou ver se ele está em casa
* sai deixando os dois na sala*

Ton - *Pra quebrar o clima, puxa assunto*
 A Madalena me disse que você trabalha a muito tempo na fazenda!..

Alfredo - Eu era ainda bem jovem, e me formei morando na fazenda e desde então me apaixonei por Madalena, mas ela nunca correspondeu, mas isto não importa, enquanto eu tiver vida vou lutar por ela!

Ton - Nem sempre a convivência do mesmo teto traz a realidade de nossos pensamentos, muitas das vezes nos iludimos com a maneira em que somos tratados, e sofremos muito por isso.

Alfredo - Mas a Madalena sempre fez parte de minha vida, mesmo sem aproximação de intimidade, mas eu não me importo, tenho paciência pra esperar, mais cedo ou mais tarde ela será minha.

Ton - Acho que você vai ter que se esforça pra tirá-la da cabeça, ela não te quer, já está provado, insistir é perda de tempo, e além do mais estamos pretendendo nos casar o mais depressa possível.

Alfredo - Isso, nunca! Se você insistir, vou ter que tomar minhas providências, e você pode se machucar com isto

Ton - Tomo isso como um aviso ou como uma ameaça?

Alfredo - Veja como quiser, depois não diga que não foi avisado.

Madalena - *Voltando* Vejo que estão se entendendo,
*para Alfredo*
Meu pai mandou dizer pra esperar um pouco que ele já vem.

 *Para atrapalhar o namoro dos dois, continuou na sala, fingindo não estar ligando, mas aos poucos sua paciência foi se esgotando, e acaba se extrapolando*

Alfredo - *Falando para Ton*
 Pra mim já basta, não quero vê-lo aqui por estas bandas,

*Retorna a fala com Madalena*
Diga pra seu pai que o espero lá na fazenda não quero ficar aqui olhando pra cara deste sujeito, e saiba também que vou tomar minhas providências pra tirar esse sujeito de sua vida.

Ton - Veja lá o que fala ou que pensa a meu respeito, você não me conhece, e pode se decepcionar; acho que educação não faz mal a ninguém, principalmente pra alguém que diz ser advogado.

Alfredo - *Toma por ofensa as palavras de Ton*
 Se você é homem, vamos resolver esta situação no braço, agora mesmo.

Madalena - Não meu amor, não vá na provocação deste imbecil, ele sabe muito bem que nunca vou lhe dar nenhuma chance, não precisa medir forças com ele, eu sei muito bem que você é muito mais homem que ele.

*Com as palavras de Madalena, Alfredo sai pisando duro com toda raiva, e fazendo ameaças.
Na fazenda põe sua cabeça pra funcionar, bolando alguma maldade que poderia fazer pra tirar Ton de seu caminho; foi quando se lembrou de seu amigo falsário que mora no Rio de Janeiro; pega o telefone e liga pra ele*

Alfredo - *No telefone*
Olá meu amigo, tudo bem com você?

Pereira - Que surpresa, ta sumido cara, que manda desta vez?

Alfredo - Vou precisar de seus serviços.

Pereira - Fala, aí, você sabe que pode contar comigo.

Alfredo - Primeiro, eu preciso que me consiga algumas notas falsas, de preferência dólar, tem como fazer isto pra mim?

Pereira - Parece que estava adivinhando, porque acabei de falsificar uma boa bolada, de notas de cem.

Alfredo - Ótimo, então vou viajar ainda hoje, pra buscá-las, amanhã de manhã estarei aí.

Pereira - Ok, estarei te aguardando, faça uma boa viagem!...

*Na fazenda, o Senhor Floriano já havia chegado*
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Sr. Floriano - Tem alguma coisa a me contar?

Alfredo - Não; nada de importante, simplesmente queria dar o relatório das ultimas atividades.

Sr. Floriano - Acho que tem alguma coisa no ar, e que você faz questão em não falar.

Alfredo  Porque diz isto?

Sr. Floriano - Suas atitudes têm sido muito suspeitas ultimamente, quer falar sobre isto?

Alfredo - Só estou chateado porque sempre esperei por Madalena, e agora vejo que minhas esperanças estão fugindo de mim, o que ela viu naquele sujeito, pra ela me deixar de lado?

Sr. Floriano - O relacionamento daqueles dois parece coisa séria, e não posso interferir, porque vejo que ela realmente o ama.

Alfredo - E eu, como fico?

Sr. Floriano - Amor, não correspondido não vale a pena, não posso fazer nada pra te ajudar neste sentido.

Alfredo – *Tom ameaçador*
Pode sim, e vai fazer isto sim!...  Se não!...

Sr. Floriano - Se não o que?

Alfredo - Se não, todos vão sair perdendo, inclusive o senhor!...

Sr. Floriano – Isto é uma ameaça?

Alfredo - *Fala com cinismo*
 Que isto senhor Floriano, eu jamais farei qualquer coisa pra prejudicar o senhor, eu falei que todos vão perder porque acho que o senhor não vai conseguir um genro melhor que eu!...
*Alfredo só queria intimidar o senhor Floriano e também ganhar tempo*

Sr Floriano - Amanhã estaremos recebendo uma carga de adubos para as flores, e preciso de você aqui.

Alfredo - O senhor vai ter que arranjar alguém pra me substituir, porque vou estar saindo para o Rio de Janeiro daqui a pouco, tenho assunto de urgência a ser resolvido lá.

Sr Floriano - Porque não me avisou antes pra eu tomar as providências?

Alfredo - Foi o que eu tentei fazer quando fui lá à sua casa hoje de manhã, mas fui interrompido por sua filha e aquele sujeito que estava com ela, mas eles vão se ver comigo!...

Senhor Floriano – Não sei o que posso fazer com quem prejudicar qualquer um de minha família.

Alfredo – O senhor pode ficar completamente despreocupado, pois pelo tanto que amo sua filha, jamais farei qualquer coisa que possa prejudicá-la, mas, quanto aquele sujeito!...
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*Na fazenda, enquanto os dois discutiam; na capital, na residência do senhor Floriano o casal de apaixonados aproveitava o tempo para se amarem apaixonadamente, trocando juras de amor acompanhado com longos beijos a ponto de dar inveja a qualquer cineasta*

Ton - Bem diz as escrituras, que pra tudo tem a sua hora certa, já pensou, passei a minha vida toda, sem ter interesse sério por ninguém, agora aparece à razão de toda a minha existência na solidão.
Estava justamente sozinho porque você não havia aparecido antes.

Madalena - Sim, meu amor, tudo o que acontece é porque tem que acontecer se não fosse assim, quem sabe não estaríamos aqui, vivendo este amor, que espero ser pra sempre, não vejo à hora de podermos realizar nosso sonho de estar frente ao pastor para ouvir de sua boca a palavra sim!

Tom - É, mas antes vamos ter que passar pelo cartório, pra ouvir a pergunta do escrivão, se é de livre e espontânea vontade a união de vocês e então eu responder pra ele com toda satisfação que te aceito...
Você é a resposta para todas as minhas orações. Você é uma canção, um sonho, um murmúrio, e não sei como consegui viver sem você durante tanto tempo.
Eu amo você, mais do que você é capaz de imaginar. Você é a razão de minha alegria, sempre vou te amar.
*Assunto pra estes dois não tem limites de tempo, então vamos passear pelo Rio de Janeiro, pra ver o que o trapaceiro e mau caráter do Alfredo está aprontando, e que acaba de chegar, ao escritório do Pereirão* 

Pereirão - Entre, meu amigo, temos muito o que conversar.
*Fala a sua secretária*
Providência um cafezinho pra nós, por favor.
Bom; vamos ao que nos interessa; o que você me pediu está prontinho, mas tenho uma proposta a te fazer.

Alfredo - Diga lá, se for do meu interesse, quem sabe!...

Pereirão - Gostaria que você fizesse parte de minha equipe.

Alfredo - Não tenho como fazer parte de sua equipe, porque sou muito bem empregado, e acho que você não vai querer ganhar a concorrência a respeito do meu salário, e de mais a mais, sou apaixonado pela filha do patrão, por isso não quero sair de lá.

Pereirão - Mas, quem te falou pra você sair de lá, é justamente lá que preciso de você.

Alfredo - Não estou entendendo, seja mais claro.

Pereirão - Quero que você seja meu representante na sua região, com a minha proposta você ficar vai muito rico, e em pouco tempo.

Alfredo - O que vou ter que fazer?

Pereirão - Eu te mando as remessas de notas falsas, e você as desovam no mercado, claro que você terá que fazer o serviço com muita habilidade e muito cuidado pra não deixar rastos.

Alfredo - Isto é muito perigoso, mas eu gosto de aventuras, qual seria a minha parte nisto?

Pereirão - Este é um negócio da china, você não aplica dinheiro e ganha muito dinheiro, o negócio é cinqüenta por cento pra cada lado; mas tem um detalhe; se der mancada e a policia te pegar, você não me conhece, e se der com a língua nos dentes, poderá pagar com a vida.

Alfredo - A sua proposta parece-me razoável, é claro que temos de ter responsabilidade sobre nossos atos

Pereirão - A remessa que você encomendou, está pronta, desta você me paga apenas os cinqüenta por cento do total das notas; as outras remessas serão enviadas depois que você assinar os termos de compromisso.

Alfredo - Então me passa logo estes termos que vou assinar.

Pereirão - Não, o negócio não pode ser assim, temos algumas restrições, vamos marcar um novo encontro pra organizar e convocar as testemunhas, pra nada fugir do controle.

Alfredo - Vejo que você é muito precavido.

Pereirão – Quando se trabalha direito, não existem problemas, e ninguém sofre.
Há; marque bem o numero de meu telefone em sua cabeça, não deixe ele escrito em nenhum lugar, pra mais tarde ninguém se apoderar dele, e me trazer problemas.

Alfredo - Tudo bem, já está decorado em minha cabeça, não preciso mais dele anotado.

*Retornando a São Paulo, agora com muito mais ambição e trazendo no rosto um sorriso de malicia e satisfação*

Alfredo - *Falando pra si próprio*
 Agora quero ver quem me segura,
*Pelas instruções recebidas, não podia dar furos, com pena de pagar com a vida e sabendo destas recomendações, precisava manter controle de seu sistema nervoso, e com toda naturalidade assume o controle da fazenda*

Senhor Floriano - Parece que esta viagem foi muito importante, e pela sua disposição, vejo que foi produtiva pra você, acertei?

Alfredo - Acertou em cheio, melhor seria impossível.

Sr Floriano - Posso saber do que se trata?

Alfredo - Não tem nada demais, apenas mais um cliente, com uma boa proposta.

Sr Floriano - Mas este novo cliente não vai te atrapalhar em suas funções aqui na fazenda?

Alfredo - De maneira alguma, posso muito bem dar conta do serviço daqui, e de mais outros que aparecerem.

Sr Floriano - Bom espero que você se dê bem, não posso te impedir que você melhore suas condições de vida, se precisar, pode contar comigo.

Alfredo - Já que o senhor foi legal comigo, vou fazer todo possível pra não te trazer problemas, porém vou necessitar que o senhor não me impeça de fazer estas viagens, pra atender meu cliente do Rio de Janeiro.

Sr Floriano - Se suas responsabilidades na fazenda estiverem em dia, não vejo nenhum problema.  

*O que se passava pela cabeça de Alfredo, não tinha nada a ver com a amabilidade, pela qual estava tendo com o senhor Floriano, porque na verdade o seu interesse era se apossar de tudo o que a ele pertence, inclusive a sua filha Madalena, e não cessar enquanto não por seu plano em ação*

*O tempo passou, e Alfredo já tinha dado um grande prejuízo na praça com suas notas falsas.
E sem saber o senhor Floriano estava sendo conivente com ele, pois camufladamente escondia os lotes de dinheiro falso ali mesmo na fazenda, sem que ele tomasse nenhum conhecimento e muito menos suspeitar de suas manobras.
Conseguiu confiança total se fazendo de honesto, pois todos os pagamentos da fazenda eram feitos com dinheiro legal, pelo menos até provar que estava seguro, e que nada poderia te atrapalhar.
Pra ganhar crédito e confiança procurou Madalena, e pediu desculpas pelo que havia sucedido entre ele e Antonio, e prometia pra ela que não mais iria importuná-la, isto somente para ganhar tempo e confiança de todos, pois em sua cabeça os seus planos estavam cada vez mais conscientes do que queria.
E por muito tempo manteve-se afastado da casa do senhor Floriano pra não por seu plano a perder
O tempo passou e o casamento já estava marcado.
Era um sábado de muito calor e todos os convidados inclusive Alfredo, já estavam esperando dentro da igreja.
Antonio já estava impaciente, pela demora da noiva; pega seu celular e liga pra casa do senhor Floriano, a empregada atende*

Empregada – Alô gostaria de falar com quem?

Antonio – Gostaria de falar com senhorita Madalena, porque ela está tão atrasada assim?

Empregada – Não, ela não está mais em casa, já saiu daqui preparada para o casamento, e já faz um bom tempo.

Antonio – Você pode me dizer com quem ela estava vindo?

Empregada – Ela estava com o pai dela mais a sua irmã, Maria Rosa.

Antonio – Estou muito preocupado, mas vamos aguardar mais um pouco.

Alfredo – *Com cinismo*
 O que está acontecendo, vejo você preocupado.

Antonio – A Madalena já saiu de casa e já faz um bom tempo, suficiente pra chegar aqui.

Alfredo – *Sempre com sorriso disfarçado*
O que será que está acontecendo, você não vai tomar providências?

Antonio – Estou tão nervoso, que não estou sabendo que atitude tomar!...

Alfredo – Vamos atrás dela, quem sabe a encontraremos pelo caminho, e aí voltamos.

Antonio – Vamos no meu carro.

Alfredo – Não, vamos no meu, você está muito nervoso e não está em condições de dirigir.

*Os dois saíram à procura de Madalena, e na medida em que o tempo passava Alfredo mais desviava da rota, e assim seus comparsas, tinham tempo para fugir com Madalena para mais longe possível.
O senhor Floriano indignado com o rumo que o motorista estava tomando, entra em ação procurando saber do motorista a razão daquele desvio*

Motorista – Não se preocupe senhor Floriano, esta rota aqui é a mais segura, para desviar dos manifestantes.

Floriano – É, mas você já se desviou além do necessário.

*Estas conversas estavam sendo feitas por microfones, e ninguém sabia quem estava no outro lado da linha, pois a limusine tinha um painel escuro que separava o motorista dos passageiros, e não adiantava ninguém querer chamar o motorista sem usar o microfone, que foi logo desligado após insistência, e os passageiros entram em pânico, nestas alturas já haviam saído do perímetro urbano.
E param em uma estrada deserta, e vão falar com eles ao vivo, só que devidamente mascarados, para não serem reconhecidos, e durante toda ação, ninguém sabia com quem estava lidando*

 Bandido - O nosso patrão não quer que façamos nenhum mal a vocês, mas vocês vão ter que cooperar conosco; se dificultar as coisas podemos desobedecer as ordens dele.

Madalena - O que querem conosco, o meu noivo está me esperando no altar?

Bandido - Quanto ao seu noivo, não temos nenhuma noticia, é melhor você esquecer-se dele, não podemos nem garantir que ele ainda está vivo.

*Com estas palavras Madalena se desespera*

Madalena - Mas quem é o seu patrão e porque mandou nos seqüestrar?

Bandido – Isto também não podemos responder
*Pega três capuz preto e ordena pra que eles as colocassem*                                                                        

*O senhor Floriano tenta reagir, mas não tinha condições de encarar os três brutamontes que estavam na parte da frente da limusine de carona com o motorista, que ao notar a reação entra em cena*

Bandido - Peço desculpas senhor Floriano nós estamos apenas cumprindo ordens, não podemos deixar que o senhor identifique o nosso esconderijo, quando tudo estiver normalizado prometo que os devolvo sãos e salvos em sua casa, como disse não podemos fazer nenhum mal pra vocês, é ordens expressa do patrão.

Maria Rosa - *Mais nervosa que os outros*
Leve-nos para a igreja imediatamente, tem muita gente nos esperando.

Madalena - Já posso até imaginar quem é este seu patrão, garanto que isto não vai ficar assim, ele vai ter o troco, há se vai!...

Bandido - A nós não interessa saber qual a razão, o que nos interessa é o quanto ele está nos pagando, o resto é com vocês depois!...
Vamos coloquem as tocas ninjas, não podemos perder mais tempo, não queremos ser violentos, por isso obedeçam.

*Chegaram a um grande salão onde estava preparado para recebê-los, Madalena entendendo que nada podia fazer, troca a sua roupa que estava devidamente preparada esperando por ela*

*No carro de Alfredo, Antonio estava atônito em pensamentos, mil coisas passavam por sua cabeça, e não encontrava uma solução* 

Alfredo - Você já deve saber por que nos afastamos do perímetro urbano.

Antonio - Até agora ainda não consegui entender qual a razão de tudo isto.

Alfredo - Bom!... Você é um bom menino e vai ser obediente pra ouvir o que tenho de lhe contar.

Antonio - O que você quer de mim?

Alfredo - Como você já deve ter entendido, não haverá mais casamento e o os convidados já se dispersaram.
 A Madalena está sob minhas ordens, pode ficar despreocupado porque dei ordens para tratá-la bem, nada de mal vai lhe acontecer, por enquanto; isto vai depender de você, se você a ama de verdade como disse vai deixá-la em paz.

Antonio - Você é mesmo um canalha, como pode fazer uma coisa desta? Vou te denunciar a policia, você vai ter que pagar por isso.

Alfredo - Você não está em condições de fazer nenhuma ameaça, porque se isto acontecer, aí sim você vai ver a minha força.
A sua família e a família do senhor Floriano, vai sofrer as conseqüências, e garanto pra você que eu mesmo, jamais farei qualquer mal pra nenhum deles, pra isto tenho quem faz isto por mim; como disse: tudo tem que ficar em silencio, se não quiser que eles paguem por você.
Há!... E tem mais, a vida continua normal como se nada tivesse acontecido, e é claro que você entendeu bem, qualquer deslize seu, as pessoas que você gosta vai pagar, a começar por sua irmãzinha mais nova a linda Simone. 

Antonio - Como você sabe que eu tenho uma irmã.

Alfredo - Quando agente chega a tomar atitudes assim é porque já havíamos pesquisado tudo, e nada foge de nosso controle.
Bom!...
Agora que você já está a par de tudo, vou devolvê-lo até onde está o seu carro; pra você ver que não sou tão ruim assim, vou te dar esta colher de chá, eu poderia muito bem te deixar aqui na estrada, mas eu não sou tão canalha como você pensa, tudo isto que estou fazendo, estou fazendo por amor.

Antonio - Isto não é amor, o nome disto é obsessão, você sabe muito bem que ela não te ama.

Alfredo - Isto por enquanto, com tempo agente consegue tudo o que quer.

*A vontade de Antonio era enfrentar Alfredo de igual pra igual, mas o que poderia acontecer com o seu amor!...
E por tanto amor, obedeceu religiosamente todas as ordens.
Madalena, seu pai e sua irmã, foram deixados nas aproximidades de sua casa, e a vida continuou em total silencio a respeito do que havia acontecido, porque como o Alfredo ameaçou Antonio, os bandidos a seu serviço também fez o mesmo, obedecendo às instruções*

*Antonio foi pra casa, se sentindo um derrotado, mas não desistiu de lutar por seu amor.
Sabia onde Madalena freqüentava, e passou a vigiá-la; como o seu carro estava muito conhecido na área, trocou o por uma cor bem diferente do que estavam acostumados a ver.
Mudou o seu jeito de se vestir usando uma capa por cima da roupa, ficando totalmente diferente*

*No pet shop Madalena estava com sua cachorrinha aguardando atendimento, e assim Antonio se aproxima dela, deixando a, surpresa e feliz; conversam despistadamente ali mesmo no balcão.
E depois daquele dia passaram a se ver e a se encontrar freqüentemente, porque Madalena assim como Antonio, ao sair de casa trazia consigo os seus disfarces, e sempre marcavam encontro em lugares diferentes, dificultando os olhares dos espiões contratados por Alfredo*

*Em frente à casa de Madalena havia um espião, e outro na casa de Antonio, na responsabilidade de vigiar os seus passos, por isso precisavam estar atentos a qualquer movimento*

*Saindo de casa de maneira natural e sem levantar nenhuma suspeita, os disfarces eram feitos quando entravam no banheiro de uma loja qualquer antes de chegar no local combinado, claro que não faziam isto na mesma loja, seria burrice, e os espiões eram sempre ludibriados.
E assim puderam viver o amor que era somente deles*

*O tempo passou e os espiões já não estavam mais em seus encalços porque não conseguiram ver nada de anormal, e de pouco a pouco foi retornando à visita na casa de Madalena.
Um belo dia, quando estavam ali se amando, Alfredo apareceu por lá para conversar com o senhor Floriano, e constata que as suas ameaças haviam perdido efeito, pra não assustar os dois, tratou os bem, fingindo que nada havia acontecido.
Entendeu com o senhor Floriano assuntos relacionados à fazenda, mas voltou pra fazenda pensando no seu plano B*

*No escritório de Pereirão no Rio de Janeiro o movimento era intenso, tinha muita gente querendo se dar bem, inclusive até alguns da lei estavam participando dessas banalisses e com isto a quadrilha estava cada vez maior*

*A ramificação do comercio ilegal estava se expandindo para todo o Brasil, deixando as autoridades em polvorosa, e o pior é que muitos dos que são representantes da lei, se aderiram às falcatruas, se enriquecendo da noite pra dia.
Foi quando o Major Nickolai convoca Vinicius, para mais uma missão de alto risco.
E pela manhã do dia seguinte, Vinícius se apresenta no escritório central da CCCO, nos Estados Unidos*

Vinícius - Soldado Vinícius, comandante do CCCO no Brasil, se apresentando Senhor!...

Major Nickolai - Vinícius; somos amigos e não precisamos de formalidades.

Vinícius - Precisamos sim Major, não podemos fugir da hierarquia, afinal nos sentimos bem com isto, o respeito acima de tudo.

Major Nickolai - Tudo bem!... Mas vamos ao que interessa; está rolando uma onda de notas falsas de dólar no Brasil, e você ainda não tomou conhecimento disto?

Vinícius - Já sim Major, estamos investigando, mas ainda não conseguimos desbaratar a quadrilha, ela tem ramificação em toda parte, conseguimos prender alguns suspeitos, porém antes de se confessarem, chegam alguns dos figurões da política com alvará de soltura, não sei como conseguem convencer o juiz, mas o fato é que estamos malhando em ferro frio.

Major Nickolai - Bom! Existe no Rio de Janeiro uma equipe de investigadores particular, que gostaria que você os conhecesse, eles fizeram um trabalho muito bem feito na captura de uma quadrilha poderosa em roubos de diamantes, eles agem como você gosta, só usam da violência em casos extremos, e você tem carta branca para contratá-los, as despesas ficam por nossa conta.

Vinícius - Nesta hora, toda ajuda é sempre muito bem-vinda, muito mais quando se usa a inteligência, e pelo que o senhor disse, eles superam qualquer expectativa.
Por gentileza, por acaso o senhor tem o endereço deles?

Major Nickolai - Não, porque o quarteto trabalha em verdadeiro sigilo, e seus endereços são guardados a sete chaves.
Mas com a Polícia Federal tenho certeza que você vai conseguir afinal a sua fama com eles não podia ser melhor, tenho recebido muitos elogios a seu respeito.

Vinícius - Vai ser a primeira coisa a fazer ao chegar ao Brasil, procurar por eles!...

*A conversa nesta reunião foi demorada, mas muito produtiva e tudo ficou devidamente entendido.
No dia seguinte bem cedo em seu escritório no CCCO brasileiro, Vinícius marca uma reunião com o comandante da PF no escritório dele, sendo muito bem recebido, pelos guardas de segurança antes de ser encaminhado para falar com o comandante geral*

Comandante da PF - Há que devo a honra de tão ilustre visita?

Vinícius - *Faz continência*
Trago comigo uma carta do Comandante do CCCO do primeiro comando nos Estados Unidos, do Major Nikolai, para o senhor, ele está disposto a ajudar na captura dos falsários e gostaria de contar com a participação do quarteto da justiça;
Isto se houver permissão de sua parte, pra isso preciso saber como encontrá-los, uma vez que suas identidades são completamente sigilosas, por favor, leia a carta.

Comandante - Sim, claro, por favor, aguarde por uns momentos em nossa praça de alimentação, enquanto isto sirva-se de nossos serviços de recepção a pessoas ilustres, fique a vontade.

*Vinícius fica muito a vontade na sala de estar, enquanto lhe era servido a seu pedido o que lhe interessava.
Pega um jornal e desfolhando se depara com as noticias quentes do grande prejuízo que os falsários estavam dando a nação.
Constata também pelos últimos acontecimentos que o quarteto da justiça já estava em ação, só que extremamente sigilosos, mas os resultados são sempre positivo, agora então com a participação de Vinícius, os bandidos é que se cuidem*

Comandante - *Vai até onde estava Vinícius*
Bom!... O que o seu comando está querendo é nossa participação, mas nós já estamos agindo, você poderá se unir ao quarteto, quanto mais pessoas de responsabilidade trabalhar em favor da paz e da ordem, temos que dar o nosso apoio, vou marcar um encontro do quarteto com você, me deixe seu telefone que lhe comunicarei a data e o local, pra vocês se entenderem.

Vinícius - *Se despedindo*
Foi um prazer conhecer o Comandante pessoalmente, me falaram muito bem do senhor, agora estou confirmando, o senhor é um homem de fibra, e o Brasil tem muito a ganhar com o senhor, estarei aguardando o seu chamado, fique na paz, fique com Deus.

Comandante - Amém vai também em paz, e que Deus te abençoe.
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*Antonio estava despreocupado, só pensava em dar carinho e amor a Madalena, e com isso relaxou a sua segurança.
Estavam trocando beijos e juras de amor e nem perceberam a presença de Alfredo, que estava bem perto e batendo palmas ironicamente.
Quando perceberam a presença de Alfredo, retiraram-se da sala deixando o só. Alfredo aproveita a oportunidade para por o seu plano em ação*
*Tira do bolso um maço de notas falsas e coloca no bolso do jaleco de Antonio que estava sobre um dos sofás.
Terminou a sua fala com o senhor Floriano e se despediu de todos, fazendo um gesto malicioso para o casal de apaixonados.
No lado de fora da casa ligou para a policia no 190, que não precisava se identificar indicando uma pista que poderiam apanhar o falsário.
O coitado do Antonio ia pagar por um crime que não cometeu.
Passado alguns minutos da denúncia, a polícia chega à casa do senhor Floriano, toca a campainha, dona Flora vai atender*

Dona Flora - Pois não, o que desejam os senhores?

Tenente - Temos um mandado de busca nesta casa, fomos informados que aqui existe muito dinheiro falso.

Dona Flora - Isto é impossível, aqui todos nós respeitamos a lei e o nosso próximo, e nossos filhos jamais iriam fazer qualquer coisa pra nos difamar.

Tenente - Entendemos perfeitamente o cuidado dos pais em relação aos filhos, mas estamos cumprindo ordens, e precisamos fazer a busca, se não encontrarmos nada, será muito melhor pra todos nós.

*Nisto o senhor Floriano desce de seu escritório, que era na parte superior da casa*
 
Senhor Floriano – O que está havendo aqui?

Tenente - Temos um mandado de busca aqui em sua casa, e precisamos cumprir com o mandado.

Senhor Floriano - Sob que pretexto, preciso saber o que está havendo!...

Dona Flora - Será que nossos filhos estão envolvidos com esta acusação?

Senhor Floriano - Tenho total confiança em nossas filhas, os senhores ficam a vontade para cumprir o que lhes foi ordenado.

*Reviraram tudo quanto podia na parte superior da casa, e não encontraram nada, nisto observaram que havia mais alguém que não era da família*

Tenente - E aquele casal que está no jardim, faz parte de sua família?

Senhor Floriano - A moça é a minha filha Madalena, e o rapaz, é seu namorado, é uma pessoa de muito boa índole.

*Enquanto o Tenente conversava com o senhor Floriano, outro investigador chega trazendo um casaco que havia encontrado na sala*

Investigador – Acho que encontrei alguma coisa, veja o senhor mesmo Tenente!...

Tenente - De quem é este casaco senhor Floriano? Veja o que foi encontrado nele!...
Pelo visto as impressões não são tão verdadeiras assim.          

Senhor Floriano - Isto não pode ser verdade, jamais poderia imaginar que alguém de minha confiança fosse capaz de tal atitude.

Tenente - Por favor, mande chamar este rapaz, precisamos ter uma conversa com ele.
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*Minutos depois*.

 Antonio - Pois não; posso lhe ser útil em alguma coisa?

Tenente - Este casaco é seu?

Antonio – Sim, posso saber por que a pergunta?

Tenente - Então me explique como conseguiu estas notas falsas!...

Antonio - Não tenho como explicar nada, pois não são minhas.

Tenente - Você está preso, terá que explicar pra o delegado de onde vieram tantas notas falsas.

Antonio – Deve haver algum engano, pois não sei nada a respeito.

Tenente - Sargento algeme-o, o delegado saberá como lhe soltar a língua.

Antonio - Sou inocente, não sei de onde vieram estas notas.

Madalena – Solte o, por favor, tenho certeza que ele não sabe de nada, ele jamais cometeria tal absurdo.

Tenente - Acalme senhorita, se ele for inocente o delegado vai saber, quem não deve não treme!...

Senhor Floriano - Este rapaz tem se mostrado digno de minha confiança, acalme-se meu rapaz, vou te acompanhar até a delegacia.

Madalena - Eu também vou, não vou te deixar sozinho nesta hora; te conheço muito bem pra saber da sua honestidade, tudo vai ficar explicado.

*Chegaram à delegacia; o delegado estava envolvido em um assunto muito grave e não podia fazer o interrogatório naquele momento, sendo preciso encarcerar Antonio até que ele tivesse condições de interrogá-lo.
O delegado sabendo do que se trata, não quis nem dar atenção, deixando Antonio pagar pelo crime de Alfredo.
Pra isto ele estava ganhando uma boa bolada.
Pois logo depois que Alfredo ligou pra o 190, imediatamente foi lá se entender com o delegado que ele já o conhecia muito bem, pois também era um corrupto, e estava se enriquecendo a olho visto.
Alfredo chegou pra falar com ele até mesmo antes que o Tenente chegasse com Antonio, e tudo fez para que ele fosse condenado*

Antonio - Vocês estão cometendo um grande erro, conheço os meus direitos, e exijo uma oportunidade pra falar com meu advogado.

Delegado - Você não precisa me ensinar às leis, sabemos muito bem dos seus direitos, mas na hora de cometer estas barbaridades vocês não pensam em lei nenhuma você foi pego em flagrante.

Antonio - O senhor, senhor Delegado, apesar de ter muita experiência parece que ainda lhe falta um pouco de psicologia, pra saber que tudo não passou de uma armação pra me prejudicar; preciso falar com meu advogado.

Delegado - Tudo bem; sargento leve o a pra falar ao telefone, mas não desgruda os olhos dele, qualquer descuido seu, poderá lhe custar muito caro.

*Passado algumas horas, o advogado se apresenta*.

Advogado, Marion - Quero falar com meu cliente.

Delegado - Pois não doutor, aguarde um momento, por favor, vou ordenar que o leve para sala de entrevistas.

Marion - O que houve pra você vir parar aqui?

Antonio - Ainda não tenho certeza, mas tudo indica que foi o Alfredo que armou pra cima de mim, o pior é que não posso provar nada.

Marion - Quem é esse Alfredo?

Antonio - Esse cara cismou que ama a minha namorada, e está fazendo de tudo pra me afastar dela; ele trabalha na fazendo do senhor Floriano, diz ele que é advogado também.

Marion - Você não conta nada dessas suspeita pra ninguém, eu vou me empenhar nesta tarefa de descobrir toda a safadeza dele, se foi ele vamos ficar sabendo, e tirar você daqui.
Tenho um amigo na policia que vai solucionar este caso em dois tempos, e o verdadeiro culpado vai trocar de lugar com você.

*Alfredo, fez a armação tão bem feita que está sendo difícil desmascará-lo, e trata de aproveitar pra atacar mais uma vez; agora é com a família do senhor Floriano.
Como se nada tivesse acontecido, ele aparece na maior inocência e cara de pau tentando conquistar a confiança de Madalena* 
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Madalena – Veio falar com o meu pai, ele não está.

Alfredo - Não; desta vez vim mesmo falar com você; agora que você não pode mais contar com o marginal que dizia te amar, quero me colocar a sua disposição pra o que você precisar.
Você sabe que pode contar comigo sempre e sabe também o quanto gosto de você, e não quero ver você sofrer por alguém que não te merece.

Madalena - Lave a boca pra falar do Antonio, ele é muito mais homem que você, e você sabe muito bem disto, ele é honesto e jamais faria qualquer coisa pra sujar seu nome; agora você; parece não se preocupar muito com isso, não é mesmo?

Alfredo - Eu sempre disse pra você não confiar em quem você não conhece, agora, deu no que deu.

Madalena - Parece que você fala com muita certeza, do caráter dele, será que isto não é para desviar as suspeitas sobre você?

Alfredo - Passei todo esse tempo que te conheci tentando fazer você olhar pra mim, e você sempre dá um jeito de me esnobar, até agora fui condescendente com você, já que já não tem mais ninguém, quero que você olhe pra mim com mais atenção, eu quero me casar com você, vou fazer de você uma rainha.

Madalena - Nem se você fosse o ultimo homem da face da terra, eu tenho nojo de você.

Alfredo  Eu não me importo com suas palavras, com o tempo você vai aprender a me amar.
*Tenta abraçá-la e força um beijo*

Madalena - Você é mesmo um Canalha, quando te dei oportunidade pra me tratar assim?

Alfredo - Espero que você saiba manter segredo, o que aconteceu com o Antonio, poderá também acontecer com seu pai, e tem mais, se você der com a língua nos dentes, vou ter que entrar em ação, meus homens estão doidos pra mostrar serviços, eles são muito bem pagos pra executar o que eu mando sem nenhuma discussão.
Há!... Também tem mais uma coisinha que preciso lhe falar, se você não se decidir em casar comigo; a sua família vai perder tudo o que tem, pois como advogado da família, eu posso assinar os contratos de compra e venda, tenho procuração de seu pai sem restrições, portanto posso fazer o que bem entender e tudo passará a ser meu inclusive você.

Madalena - Você não precisa apelar tanto assim; o que você quiser eu faço, mas deixe minha família em paz.

Alfredo - Boa menina, assim que gosto de te ver; raciocinando rápido, você e todos seus familiares estão são e salvos, só terão a ganhar com isso. 
Esqueça aquele fracassado e vamos selar nosso namoro com um beijo bem gostoso

*Força a barra e Madalena cede, com medo do que pudesse acontecer com o seus, pois sabe muito bem do que ele é capaz*

*Enquanto isto o advogado de Antonio começa a sua tarefa de tirá-lo da cadeia, como estava demorando a juntar provas pra inocentá-lo, o juiz expede uma liminar transferindo o para penitenciária destinada a traficantes, dificultando assim o trabalho do advogado.
Foi quando se lembrou de seu amigo Soares, ex-delegado e agora um detetive de primeira linha, junto com seus parceiros de equipe, formando o quarteto da justiça.
O advogado Marion já havia ouvido falar deste quarteto, mas, ainda não os conheciam, procurou em sua agenda e constata o nome de Soares com endereço e telefone, apesar de todo sigilo, ele era amigo de Soares mas não sabia que ele fazia parte do quarteto*

*Marca uma visita em seu escritório, e na hora marcada estava ele diante do quarteto da justiça, que por sinal estava justamente conversando com Vinícius; se unindo a eles numa grande demonstração de força contra a corrupção e tráficos de influências e outros tipos; falsários e seus aliados*

*O tempo passou, e o trabalho de investigação estava sendo muito dispendioso, porém com bons resultados, mas ainda não podiam dar por encerrada a tarefa, porque precisavam saber os nomes das autoridades envolvidas, e também as provas necessárias para enquadrá-los na forma da lei.
Mediante as investigações, chegaram a Alfredo, que estava justamente cuidando de seu casamento com Madalena*

Senhor Floriano – Você não precisa casar com este canalha se você não quiser, sei que ele está te pressionando fazendo ameaças de tirar tudo de nós; como me decepcionei com este sujeito, prefiro morrer que ver você casada com ele.

Madalena - Não papai, já decidi, prometa que não vai fazer nenhuma besteira!...
Sei muito bem do que este sujeito é capaz, e além do mais me preocupo muito com a família de Antonio também, porque sei que vai ser onde ele vai atacar primeiro, a irmã dele será a primeira da lista, e Alfredo não está brincando.

 *Enquanto estavam conversando, Alfredo chega todo animado com um lindo buquê de flores*

Alfredo - Aqui meu amor, veja que lindo, as moças solteironas que estão doidas pra casar vão pirar quando você jogar o buquê.

Madalena - Não vejo a hora de acabar com toda essa falsidade.

Alfredo - Uma coisa que você não vai poder falar nunca é que estou sendo falso quando digo que te amo, pode acreditar, se o que sinto por você não for amor, sinceramente não sei pra que existe esta palavra.
Porque só de pronunciar o seu nome, fico todo dominado de emoção.

Madalena - Deixe de fingimento, ninguém consegue o amor de ninguém, forçadamente.

Alfredo - Talvez eu não tenha sido muito romântico, como você desejaria, mas prometo me esforçar, e com o tempo você vai me amar também.

Madalena - Estou disposta a te entender, mas você podia inocentar Antonio, você sabe muito bem que ele é honesto e jamais praticaria tal absurdo.

Alfredo - Aí você já está querendo demais, porque razão faria isto?
Trazê-lo de volta pra me atormentar e tirar você de mim!...
Não, isto não posso prometer.

Madalena - Você nunca terá sua consciência tranqüila agindo dessa forma.

Alfredo - A minha consciência eu a controlo do meu jeito, cada um tem uma maneira de agir, e eu tenho a minha.
Bom meu amor, vou deixar você terminar de se arrumar, porque estou ansioso pra ouvir o sim de sua boca na presença do Juiz, vou me retirar pra não te atrasar; na hora que o Juiz chegar estarei aqui com você.
E logo mais a noite será o nosso casamento religioso, quero te ver linda como sempre, e hoje de maneira mais especial.

*O Juiz acaba de chegar e as testemunhas também, todos reunidos encostados nas paredes da sala aguardando a pergunta do Juiz*

Juiz - Senhor Alfredo, é de livre e espontânea vontade se unir à senhorita Madalena, prometendo, amá-la e protegendo a em todas as fases da vida enquanto estiver ao seu lado?

Alfredo - Sim, é claro, pois eu a amo muito.

Juiz - E você senhorita Madalena, aceita o senhor Alfredo como seu legitimo esposo, respeitando e amando o até que a morte os separe?

Madalena – Sim, se não!...

Juiz - Por que diz; se não? Quem tiver alguma coisa que impeça este casamento, fale agora ou se cale para sempre.

Senhor Floriano - Eu tenho, e não quero este casamento, se ele for realizado prefiro morrer, agora mesmo na presença de todos aqui.
*Tira um pequeno revolver do bolso e coloca o cano sobre sua fronte, chamando a atenção de todos, deixando todos de boca aberta*

*Neste momento, chega o Advogado Marion conduzindo Antonio que acabava de ser liberto da cadeia, e com ele os agentes da lei*

Advogado Marion - Um momento senhor Juiz este elemento é um falsário e está sendo procurado pela justiça, ele forjou este casamento com ameaças a família de Antonio, e a família do senhor Floriano, mas agora todos os seus comparsas já estão presos, e não oferecem mais nenhum perigo a ninguém, portanto as famílias já não estão correndo mais nenhum risco.

Madalena - *Corre para os braços de Antonio*

Ô!... Meu amor, graças a Deus você está de volta, eu sabia que a justiça de Deus ia chegar na hora certa
*Sem se preocupar com ninguém se envolvem em um longo e delicioso beijo*

*Alfredo aproveita a oportunidade para tentar fugir, mas é interrompido por Antonio, que deixa Madalena e segura Alfredo* 

Antonio - Me desculpem as autoridades aqui presentes, mas eu tenho que acertar minhas contas com este canalha.

Vinícius - Ele é todo seu.

Antonio - Você vai ter que pagar por todo sofrimento que nos fez passar.

Alfredo -*Como todos os covardes*
Me perdoe Antonio; tudo o que fiz, fiz por amor, ou você nunca fez loucura por amor?

Antonio - Não é pisando nas pessoas que se demonstra amor, pra mim isto é falta de caráter, pode ficar tranqüilo que não vou sujar minhas mãos com um Canalha como você, não vou me rebaixar a tanto; senhor policial pode levar este infeliz.

*Vinicius ordena aos seus comandados, a levar Alfredo, com a recomendação de não se descuidar, porque com pessoas desta estirpe, não se pode confiar nem quando estão dormindo ou morrendo*
Alfredo - *Se desespera, e com toda voz grita por Madalena*
Madalena, meu amor nunca vou desistir de você, pode me esperar que volto pra te buscar; Madalena, Madalena meu amor!...
*Na presença do Delegado Alfredo vai ter que se explicar até o que não sabe, e será um trunfo nas mãos das autoridades para desmascarar o bando todo, pois alguns dos peixes pequenos já estavam presos e pouco sabiam, mas Alfredo, um advogado astuto e mau caráter, tinham muita sujeira a ser limpa*
*Astúcia contra astúcia será uma boa disputa, mas com os métodos de Vinicius, ninguém consegue ficar de língua presa, em fim chega à hora do interrogatório*
*Na sala estavam presente; o Delegado, Vinicius e o quarteto da justiça.
Delegado - *Ordena ao carcereiro ajudado por dois policiais a trazerem, Alfredo mais os outros comparsas, para fazer uma acareação entre eles*
 Você quer falar sem maiores aborrecimentos, ou vai deixar agente soltar a sua língua?
Alfredo – Como posso falar alguma coisa, se eu não sei de nada!...
Vinícius – Será muito melhor pra você cooperar, você conhece as leis e sabe muito bem, e que poderá ser beneficiado, se ajudar.
Alfredo – Tudo o que sei vocês também já sabem, você falou muito bem quando disse que entendo de lei, e falou certo, assim sendo a lei me favorece ficar calado, como eu não posso advogar a meu favor quando chegar à hora certa o advogado que assumir meu caso, falará por mim, a lei me favorece também escolher quem me defenderá, e pra isto tenho que ligar pra ele, é direito meu.
Vinícius - Tudo bem!... Carcereiro conduza este elemento à sala de telefones, mas não o perde de vista.
*Na área de telefones*
Carcereiro - Porque veio parar aqui?
Alfredo - Hichi... Rapaz é uma longa história, mas vamos ter tempo pra nos conhecer melhor, ai, eu te conto tudo.
Carcereiro - Eu posso te ajudar se!...
Alfredo - Se o que? Dá pra me explicar melhor, qual é o seu preço?
Carcereiro - Não seja tão radical, poderemos ser úteis um ao outro, o que você acha?
Alfredo - O que vai poder fazer pra me ajudar a sair daqui?
Carcereiro - Vamos por a cabeça pra funcionar que o jeito aparece!...
*Alfredo teve muito tempo para memorizar tudo quanto havia acontecido nas suas ultimas horas, e chega à conclusão de que estava seguindo em caminhos errados*                             
*Sozinho na solidão da cela pensa em tudo, e retruca com sigo mesmo; será que ainda vou ter alguma chance de ser feliz; já entendi que não adianta forçar a barra com ninguém, o que tiver de ser meu, será, e também não adianta amar quem não me ama é muita perda de tempo e agente sofre em dobro*
*Enquanto Alfredo memorizava suas ultimas façanhas, o carcereiro retorna, trazendo o seu jantar*
Carcereiro - E aí pensou em minha proposta?
Alfredo - Não tenho pensado em outra coisa, mas precisamos fazer tudo muito bem planejado, pra não piorar ainda mais a minha situação, pra você que está ai fora não será difícil mexer com os pauzinhos e conseguir minha liberdade, o que você tem em mente?
Carcereiro - Se você seguir as minhas orientações, rapidamente você será um homem livre, mas tem uma coisa, você estará correndo sérios riscos se depois que sair se - esquecer de nosso trato.
Alfredo - Quanto a isto pode estar despreocupado, porque é de meu interesse, sair daqui o mais depressa possível, qual o seu plano?
Carcereiro  - Todos os sábados temos aqui na penitenciaria cultos evangélicos, o pastor que dirige os cultos faz parte do meu esquema, então quando ele fizer o apelo, você vai levantar a mão dizendo aceitar mudar de vida, assim ele vai providenciar pra você uma Bíblia, e você vai se mostrar entusiasmado, de maneira a convencer até o juiz, isto pra você não será difícil.
Alfredo - Claro que não, representar é comigo mesmo, mas como vai funcionar a minha fuga?
Carcereiro - O dito pastor tem carta branca aqui, e ele vai te escalar para um trabalho evangelístico no bairro, e voltará sem trazer nenhum problema e aos poucos se acostumam com suas saídas, isto deverá girar em torno de uns quinze dias, depois disto você terá que ficar aqui pelo menos mais uma semana depois destes vai e vem para ganhar a confiança do delegado.
Alfredo - Pensando bem, uma semana não será difícil tolerar, o problema que hoje ainda é segunda feira, e o tal culto será só no sábado, assim sendo vou ter que amargar quinze dias ou mais, nessa cela, não tem um jeito mais rápido?
Carcereiro - Não, já pensou se você for condenado, e te transferir para segurança máxima, ai sim, pode esquecer do mundo aqui fora, se tudo funcionar como tem funcionado com outros, você estará livre pra cuidar de sua vida, só que o meu pagamente terá que entrar em minha conta em 24 horas, são cinco milhões e nem um centavo a menos.
Alfredo - Prefiro te pagar com dinheiro na mão pra não te comprometer e nem a mim.
Carcereiro - Pra mim tudo bem, vou depositando de pouco a pouco pra não dar o que falar, vamos nos encontrar 24 horas, depois que você sair, se me der o bolo já sabe o que poderá te acontecer.

Alfredo - Pode estar tranqüilo, que você receberá tudo que combinamos.
*Se o carcereiro era esperto, Alfredo mais ainda, agora ele tinha o carcereiro o pastor e até mesmo o delegado responsável pelo centro de detenção, em suas mãos*
*Chega o dia do tal culto, e o pastor traz uma mensagem capaz de converter até satanás, e ao fazer o apelo, Alfredo foi o primeiro a levantar as mãos*
*Como pode haver tanto fingimento, pessoas assim se trabalhassem a favor do bem, ajudaria a muitas pessoas, a começar pelo pastor, se ele fosse honesto como dizia em sua mensagem, poderia servir de exemplo pra muita gente, ai haveria conversões de verdade, mas com seu péssimo caráter naturalmente irá pagar pelos seus atos, quando menos esperar*              
*Depois que Alfredo se manifestou, o pastor entra em ação obedecendo às instruções do carcereiro; e no prazo de quinze dias Alfredo estava livre e solto para viver a seu modo*
*Estando ele em liberdade, a primeira pessoa que procurou foi Antonio, dizendo estar arrependido de seus atos*
Antonio - *assustado com a presença de Alfredo*
 Como pode você estar aqui em meu escritório, depois de tudo que aprontou pra mim?
Veio me fazer ameaças naturalmente, mas fique sabendo que não vou deixar barato o que você me fez passar.
Alfredo – Calma, calma, homem!... Vim em missão de paz,
*Tentando ganhar a confiança de Antonio*
Hoje eu não faço mal a mais ninguém, a prisão me ensinou a maneira certa de viver, estou aqui justamente para lhe pedir perdão, sei que errei muito com você, mas, por favor, me dê um voto de confiança, não vai se arrepender.
Antonio - Eu não guardo rancor de ninguém, mas acho que demorou muito pouco tempo na prisão.
Alfredo - O delegado por não achar nenhuma ficha criminal minha, alegou que eu era réu primário e me deu liberdade condicional, portanto não posso ser tão irresponsável comigo mesmo, a ponto de precisar voltar pra lá, espero que me entenda e possamos ser amigos.
Antonio - Pra que eu possa ainda confiar em você, vai demorar um pouco, mas tudo pode ser possível.
Alfredo - Não quero forçar a barra, vamos dar tempo ao tempo, pra você acreditar em mim e ver que agora sou uma nova pessoa, agora vou lá na casa do senhor Floriano, e tentar fazer com que ele me perdoe também.
*Sem estender a mão para Antonio, sai*
Até outro dia...
*As vinte e quatro horas que o carcereiro deu pra ele estavam se esgotando, e ele precisava dar a sua ultima cartada com as notas falsas, pra isso precisava ir ao Rio de Janeiro, calculou bem quantas horas iria gastar e não perdeu tempo, foi e voltou do Rio em tempo Recorde trazendo os cinco milhões dólares em notas falsas.
 *A ganância do carcereiro fez com que nem notasse que o dinheiro era falso, e faz o recibo do pagamento, este dinheiro teria que ser rateado entre ele o pastor e o delegado, e mais alguns dos guardas que o ajudaram em seus planos.
*Alfredo com o recibo em mãos foi diretamente procurar Vinícius, o investigador internacional, que contou toda história, incriminando o carcereiro, o pastor e o delegado, e até mesmo de onde era a origem das notas falsas, prestando um serviço de alto nível para a sociedade, mas agora precisava de segurança, porque enquanto os tais elementos estiverem soltos, ele estará correndo sério risco de vida*
Vinícius - O que levou você a tomar tal atitude?
Alfredo - Apesar do pastor não levar a sério tudo o que prega, aprendi com suas palavras que no mundo temos que viver com cautela e medir todas as nossas ações, pra não dar pulo em falso, e com isso me despertou a curiosidade e passei a refletir sobre os meus atos, e cheguei à conclusão de que não vale a pena, agir precipitadamente.
*Alfredo pouco estava ligando com o que aprendera com o pastor, porém estava um tanto mais cauteloso, e sem sombra de duvidas mais perigoso e ao procurar Antonio para conversar, sua visão era estar de bem com todos*
*Certo dia ao procurar o senhor Floriano, para assuntos da fazenda, coincidentemente Antonio estava lá e com sua linda irmã Simone, que ao se adentrar na sala os olhos de ambos se cruzaram, demonstrando interesse um pelo o outro*
Simone - Que rapaz interessante, quem é ele?
Antonio - Ele é advogado e administra a fazenda do senhor Floriano, mas não se iluda muito com ele, ele é perigoso.
Simone - Mas ele é muito simpático, não pode ser tão perigoso assim.
Antonio - Foi ele que armou para atrapalhar o nosso casamento, colocando dinheiro falso em minha jaqueta que estava jogado no sofá da sala, enquanto eu estava com Madalena no jardim, foi por causa dele que fui parar na delegacia, preso e algemado.
Simone - Nossa, ele parece tão responsável, quem diria, em!...
Antonio - Todo cuidado com ele é pouco.
Alfredo - *Se aproximando*
 Quem é esta linda jovem?
Simone - *Se apresentando e se derretendo em charme*
 Eu sou Simone, irmã deste cara maravilhoso, que você prejudicou.
Alfredo - *Alfredo fica sem graça*
 Vejo que ele já te contou toda a história, mas agora sou um novo homem, me arrependi muito do que fiz, espero que o Antonio possa me perdoar um dia.
Antonio - Deus me deu a capacidade de ignorar sofrimentos, e também saber perdoar a quem me persegue.
Alfredo - Você tem um coração flexível, acho que se fosse no meu caso, não saberia agir assim dessa forma, vejo que tenho muito a aprender com você, deixe cumprimentar o resto do pessoal da casa depois agente se fala mais *sai*
Antonio - Não acredito em nenhuma palavra desse sujeito, muito menos em sua regeneração, ele tem a falsidade estampada no rosto, a qualquer hora ele mostra o sentido desta aproximação.
Simone - Que pena, achei ele um cara legal
*Não tirava o olho de Alfredo*
Madalena - Acho que você deve escutar os conselhos de seu irmão, vamos dar tempo para que ele se mostre arrependido de verdade.
*Neste mesmo momento, Pereirão estava arquitetando um plano para fugir da cadeia com seus comparsas*
Pereirão - Você Moisés, vai ter que representar para os guardas de plantão, fingindo estar morrendo, e quando vierem te dar socorro nós atacaremos os que entrarem na cela, é só esperar o momento certo quando estiverem poucos guardas fazendo ronda de madrugada, hoje nem pensar, tem muita gente dando sopa.

Moisés - Geralmente, estes guardas estão de ressaca na segunda feira, não vai ser difícil, por nosso plano em ação, mas temos que fazer as coisas na certeza que não seremos apanhados, por isso vamos ter que agir com cautela, e rápido, logo que dominarmos os policiais pegaremos suas armas, para qualquer eventualidade de encontrar algum policial pelo caminho da fuga.
Pereirão - Depois que estivermos em liberdade, cada um segue em direção oposta, se ficarmos juntos estaremos correndo sério risco de voltar pra cela, depois que a poeira abaixar entraremos em contato, temos muito o que fazer a começar acertando as contas com o traidor almofadinha, Alfredo vai ter o que merece.
Moisés - Não podemos esquecer que estamos em uma penitenciária de segurança máxima, onde tudo é computadorizado.
Heitor - *O ex-carcereiro*
 Vocês estão esquecendo que eu sei como sair daqui, se tivermos sorte o detector de digitais ainda tem as minhas; ai então tudo fica mais fácil, se não funcionar vamos ter que estourar os cadeados.
Pereirão - Bem sabemos que não vamos ter muita facilidade, tudo vai depender um pouco de sorte, mas só ficaremos sabendo se tentarmos, ficar aqui mofando sem tomar atitudes é o que não podemos.
Pastor - O que vocês decidirem pode contar comigo, também sei manusear uma arma, quem está na chuva é pra se molhar, não tem mais como voltar atrás, quando entrei no esquema sabia de todos os riscos.
Se sairmos daqui vou direto pra casa de uma das mulheres que me apoiava na igreja, acho que lá vou estar bem escondido, pelo menos por uns tempos.
Moisés - Acho graça na cara de pau e a frieza do pastor, será que ele agüentaria a pressão da cadeia por muito tempo?
Pereirão - Quando se faz qualquer coisa de cabeça quente é muito difícil dar certo, eu queria ter a paciência e a tranqüilidade dele.
*Neste momento o guarda de plantão incomodado com tanta conversa e sem entender o que se falavam resolve ir tirar satisfação*
Guarda - Vocês não acham que já é hora de dormir, porque tanta animosidade na conversa, o que estão tramando?
Pereirão - Não se preocupe, seu guarda é que perdemos o sono e então resolvemos contar piadas, e relembrar o passado.

Guarda - Tudo bem, mas estão incomodando os outros presos que querem dormir, acho melhor se recolherem para suas camas e forçar a dormir para descansar, assim o tempo de espera fica mais fácil de ser controlado.
*Mediante a tanta educação do guarda, resolveram a facilitar as coisas e cada um foi para sua cama*
*O resto da semana tudo transcorreu dentro das normalidades sem causar nenhum problema, até chegar à segunda feira, e tudo foi feito como combinado, sem deixar transparecer nenhum nervosismo*
*Moisés representou como um verdadeiro artista e quando os guardas vieram, não tiveram nenhuma dificuldade em dominá-los, pegaram tudo que tinha em seus bolsos, inclusive os celulares, para dificultar chamadas para o centro principal, depois de saquear tudo dos guardas, amarraram-nos e os amordaçaram*
*Depois de vestir as fardas dos guardas presentes, foram até a lavanderia Para pegar as fardas que faltavam para os demais presos, pois as fardas dos guardas que ficaram presos eram poucas e os presos eram em maior numero; depois que todos estavam devidamente uniformizados saíram empunhando as armas como se fossem os guardas, e passaram tranquilamente por todas as portas utilizando as digitais do ex-carcereiro*
*Ao chegar ao portão principal tiveram que convencer os guardas das guaritas, dizendo que foram chamados para uma emergência, os guardas estavam tão cansados, com uma ressaca danada de três noites sem dormir não quiseram nem tomar satisfações, e abriram logo os portões, o ex-carcereiro sabia de toda rotina da penitenciária, e conhecia muito bem os guardas de plantão, não tiveram nenhuma dificuldade em sair*
*Ao sair cada um toma rumo diferente; no dia seguinte a coisa ficou preta para os guardas de plantão, cada um deles teve que responder ao conselho administrativo da penitenciaria*
*Depois de um minucioso depoimento de cada um, receberam o castigo correspondente aos cargos que exerciam, cada setor tinha uma responsabilidade, que tinham que dar conta dela*
*Depois que Simone veio passar suas férias na casa de Madalena, cada dia que passava a amizade entre as duas, tornou-se carne e unha, e não se desgrudavam uma da outra*
*Simone irmã adotiva de Antonio, mas tinha regalias como a qualquer uma das pessoas que pertenciam à família; certo dia quando Madalena e ela saiam para tomar banho de piscina; ao chegar; Alfredo já estava na água e quando as viu chegar, aproximou-se delas, e ao se virar para se assentar a beira da piscina, Simone viu em suas costas uma marca de nascença, igualzinha a que ela tinha, e se intrigou com isso*
Simone - Como você conseguiu esta marca em suas costas?
Alfredo - Você deve estar achando que isto é uma cicatriz, mas não é, é marca de nascença.
Simone - Ora veja, eu também tenho uma marca semelhante a esta, como pode ser?
Alfredo - Pera, aí, você tem uma marca semelhante a minha, será que!...
Simone - Não sei como explicar isso, mas é tal qual a sua.
Alfredo - Tire esta roupa, e venha mergulhar também, deixe-me confirmar esta novidade.
Simone - Claro; viemos aqui pra isto.
*Tira a roupa e pula na água, depois retorna a falar com Alfredo*
Você é nascido aqui nesta região ou veio de fora a trabalhar em São Paulo?
Alfredo - A minha história não sei se vale à pena ser contada, pois muito sofri na minha infância, até os meus onze anos, passei muita fome e muitas necessidades, vivia como mendigo nas ruas de São Paulo, mendigando o pão de cada dia até que encontrei uma alma boa que me deu abrigo, e que estou com ele até hoje.
Madalena - Me fale de sua família!
Alfredo - Eu nunca tive uma família que pudesse dizer ser minha, mas respeito à família do senhor Floriano como se fosse a minha verdadeira.
Simone - Mesmo assim você quis prejudicar a todos!
Alfredo - Tudo o que fiz, fiz por amor, quando agente ama, agente não mede conseqüências, mas estou arrependido, pois entendi que não adianta amar quem não nos ama.
Simone - É verdade, mas nada justifica ser mau caráter, mas deixe isso pra lá, vamos falar de nossa marca, sua mãe ainda é viva?
Alfredo - Sinceramente não sei nem por onde começa a minha origem, só me lembro que minha mãe contava que se envolveu com um garçom de um luxuoso hotel em Belo Horizonte e se engravidou de mim, ela trabalhava como camareira neste hotel e contava também que meu pai tinha esta marca nas costas, e que eu herdei dele.

Simone - Engraçado, a minha mãe antes de morrer, falava sobre o amor da vida dela, que também tinha esta mesma marca, e por coincidência, ele dizia que era natural de Belo Horizonte, e trabalhava também na área de hotelaria, você não acha isto muita coincidência?
Alfredo - Será que somos irmãos?
Simone - As coincidências estão muito evidentes, que tal fazermos um teste de DNA?
Alfredo - Não nos custa nada, vamos tirar as duvidas, só que eu estava gostando de você, não como irmã.
Simone - Vamos tirar esta duvida depois agente conversa.
Madalena – *Que estava calada só ouvindo a história dos dois*
Que incrível; como pode haver tanta coincidência, é melhor mesmo vocês fazerem este teste, vai ser uma bomba e tanto!...
*Neste mesmo tempo, a quadrilha que havia fugido da penitenciaria, já estava de volta as suas atividades maléficas; mudaram de endereço.                                                                                 Agora funcionando em uma favela onde a Polícia pacificadora ainda não estava atuando, montaram seu quartel general num local muito discreto e de difícil acesso*                                                                                                                                                                             
 Pereirão - Agora temos que agir com muita cautela, qualquer deslize nosso, estaremos de novo nas mãos da lei, por isso eu sugiro que devemos trabalhar individualmente, cada um procura um ponto longe um do outro pra não levantar suspeita, e uma vez por semana reunimos aqui neste local para acerto de contas.
Moisés - Mas o nosso material não foi todo seqüestrado pela lei?
Pereirão - O que eles conseguiram apanhar, mas ainda me restam alguns em um local, que somente eu tenho acesso a ele.
Roberto - Não podemos esquecer que eles não vão nos deixar em paz e a investigação poderá chegar até este local, que você diz ser tão secreto.
Pereirão - Isto será totalmente impossível; por muito que investigarem jamais chegarão lá, e por medida de segurança nem vocês vão saber onde é este local.
Moisés - Mas, patrão, o senhor não pode ficar sozinho com esta responsabilidade, é muito dispendioso para somente uma pessoa executar esta tarefa, não precisa se preocupar com minha segurança, se tiver de lutar até a morte, eu sempre estarei ao seu lado, já provei que pode confiar em mim.

Pereirão - Este nosso trabalho é clandestino e totalmente fora da lei, não acho justo colocar nenhum de vocês em perigo por minha causa, vamos fazer uma experiência com essa tática, deixe o tempo correr, por enquanto vamos usar deste plano e mais tarde se tudo der certo aos poucos agente traz tudo pro centro da capital novamente com outro endereço, ai facilita tudo é só deixar a poeira abaixar que tudo se resolve.
Roberto - E como vamos fazer pra pegar o material a ser vendido?                                                                                                                
Pereirão  - Vou trazendo este material aos poucos aqui pra este local, e aqui vocês o apanharão, só que será necessário um por vez pra não levantar suspeitas, e também não ficar dando sopa na região pra não ser reconhecido; pelo menos por enquanto cada um terá o seu dia, e hora certa, pois eu preciso estar lá pra poder confeccionar as notas, vocês só terão o trabalho em desová-las, aquele que der furo, já sabe!...

Moisés - E quanto aquele traidor, vai deixar assim sem punição?
Pereirão – Por enquanto vamos por a casa em ordem, depois vamos fazer uma visitinha a ele, São Paulo que nos espere...
Roberto - O patrão sabe com encontrá-lo?
Pereirão - Sei que ele trabalha em uma fazenda produtora de flores, não vai ser difícil encontrá-lo, pra esta tarefa vou encarregar o pastor Nonato; pois com suas habilidades de comunicação, vamos chegar a ele mais depressa.
Pastor Nonato - Mas este trabalho de investigação é demorado e custa caro, e eu não tenho dinheiro pra fazer estas despesas.
Pereirão - Quanto a isto deixe por minha conta, faço questão de encarar todas as despesas, tudo que for preciso ficará por minha conta, seu trabalho será apenas para localizá-lo, não quero que faça nenhum mal a ele, ele é todo meu.                                                                 
Pastor - Sendo assim, quanto antes eu viajar pra lá, mais depressa, vamos por as mãos nele. 
*Em São Paulo, na casa de Antonio onde estavam todos reunidos para um grande Almoço, em comemoração ao noivado de Antonio, pela segunda vez, já que da primeira vez foi tudo água abaixo por culpa de Alfredo, só que desta vez até ele estava presente, fazendo de tudo para ganhar credibilidade, ainda mais agora que surge uma irmã, que ele nem sabia que existia*
*Assentados à mesa, enquanto se degustavam a excelente comida, cada um tinha uma experiência de vida pra contar, e ao chegar à vez de Alfredo, emocionado se debulha em prantos, agora resta saber se estas lágrimas eram sinceras ou seriam lágrimas de crocodilos, porque pelo que ocorria na cabeça de cada um toda sua confissão era falsidade pura, ninguém acreditava nele, somente a Simone que pouco sabia de sua vida estava lhe dando crédito, principalmente agora em saber que encontrara  o seu irmão desconhecido*
*Os convidados e amigos de Antonio e Madalena ficaram lisonjeados com o tratamento recebido.
Após o almoço saíram todos pra fazer sua hora de almoço e resolveram a se assentar a beira da piscina*
Madalena - Vocês já fizeram o teste de DNA?
Alfredo - É com muito orgulho que eu apresento oficialmente a minha irmã que não sabia que existia, o teste comprovou tudo.
Antonio - Imagino o que passa pela cabeça de vocês, como tudo isto aconteceu?
Alfredo - Não sabemos como explicar isso, a Simone disse que o pai dela, trabalhava em um hotel em Belo Horizonte, e a mãe dela também, e tiveram relações e se engravidou, e daí surgiu esta bela mulher, não dá pra entender, eu também não conheci meu pai e vim de um lugar bem distante de onde ela disse ter vindo, eu nasci na Bahia e vim pra cá aos onze anos de idade.
Marion - *O advogado*
 Esta história de vocês pode servir de base para uma linda história de novela para TV.
Madalena - Conte como foi o encontro de sua mãe com o seu pai, ou ela nunca tocou no assunto com você?
Alfredo - Tudo o que ela relatou a respeito de meu pai é que ele era mascate, vivia vendendo tecidos em fazendas, e também sabia que ele era da região da zona da mata, interior de Minas Gerais.
Simone - Pera, aí, a minha mãe também falava que o meu pai era desta região, como pode ser, depois de tanto tempo, agente se encontrar, é como disse o ditado popular que de tanto rolar até as pedras se encontram, benditas pedras, aqui estamos nos encontrando depois de tanto rolar pelas estradas da vida.
Marion - *Interessado pela Simon*
É; realmente é incrível a história de vocês.  
O blá-bla-bá naquele assunto parecia não ter fim, e enquanto isto Pereirão, recebe uma visita inesperada.
Pereirão - Como conseguiu chegar aqui?
Matos Valeriano - Estou com urgência em que me preste um serviço de alto risco.
Pereirão - Você não respondeu minha pergunta, se conseguiu me achar, naturalmente deve ter alguém me traindo.
Matos Valeriano - Não, ninguém está te traindo, acontece que ao lhe vender aquele carro, antes mandei que colocasse nele um rastreador, e facilmente cheguei até aqui, o seu serviço sempre me será útil.
Pereirão - Mas, qual seu interesse em me procurar?
Matos Valeriano - Sei do seu talento em falsificar documentos a sua fama é sempre bem vista no meio de quem precisa deste tipo de serviço, e entendi que esta é a oportunidade para me safar das ameaças do governo.
Pereirão - O que você quer que eu faça?
Matos Valeriano - Tenho em mãos alguns documentos sigilosos que estão me comprometendo, querem que eu preste relatório de seu conteúdo, estão desconfiados que estou levando vantagens nas negociações dos metrôs, quero que você faça cópias autenticas mas como se estivesse tudo dentro dos padrões exigidos, sei que você fará tal qual os originais, as diferenças só nos valores declarados, assim posso apresentá-los, e poder me livrar de aborrecimentos.
Pereirão - Bom!... Se você veio até a mim, porque já tinha esta convicção, o meu trabalho é perfeito, mas custa caro, pra você não vai fazer nenhuma diferença, pelo tanto que desviou, pode muito bem me pagar com méritos substanciosos, pois como deputado você desvia muito dinheiro do governo, as suas concessionárias então, lhe rende uma fortuna.
Valeriano - Claro; claro, quanto a dinheiro não se preocupe, você faz o seu preço, estou disposto a pagar o preço que me cobrar.
Pereirão - Tem mais, se por acaso me sentir acuado, vou entender que foi você que deu com a língua nos dentes, porque ninguém sabe onde estou, e irei te cassar até no inferno se for preciso.

Matos Valeriano - Quanto a isto, você pode ficar despreocupado, faço questão em lhe mostrar onde foi colocado o rastreador no seu carro, assim ninguém mais vai te localizar.
*Toda aquela conversa estava sendo gravada e copiada em um pendraiv, inclusive sendo filmado por uma câmara escondida sem que Valeriano tomasse conhecimento, para efeito preventivo caso mais tarde der qualquer pepino, será usada contra Valeriano, como forma de vingança*
*Tudo combinado, pagamento adiantado, Valeriano se despede*
Pereirão - Quando sua encomenda estiver pronta, você não precisa vir buscar, um encarregado meu vai lhe procurar.
Matos Valeriano - Assim será melhor, pra segurança de ambas as partes, então até outro dia.
Moisés - *Minutos depois*
Patrão, não é perigoso este cara dar com a língua nos dentes?                               
Pereirão - Não me preocupo muito com isso não, se ele chegou ao status que possui hoje, mostra que ele não é burro, e sabe muito bem das conseqüências se der furos.
*Enquanto isto Vinícius se reúne com o quarteto da justiça, pra programar a investigação do paradeiro da quadrilha fugitiva*
Vinícius - O nosso sistema de segurança ainda não está como desejamos, ainda existe muitas falhas que precisamos regularizar, porque não retiraram as digitais do carcereiro preso?
Soares - É sempre um problema!...
Da maquina humana agente pode esperar tudo, para se confiar em alguém, é preciso muita convivência, mesmo assim ainda acontecem coisas que nos deixam sem respostas e sem saída.
Falcão - Vamos ao que interessa, este bando deve estar rindo de nossas caras, agora vai nos dar trabalho para recapturá-los de volta.
Profeta - Se agirmos com a cabeça, vamos por as mão em cada um deles, todos eles tem seu parentesco e daí será um bom começo.
 Vinícius - Vamos ao registro geral da criminalidade, assim vamos certificar dos endereços de cada parente de cada um deles.                                                                                                                O segundo passo será montar guardas nas redondezas, mas sem deixar suspeitas, quando localizar os meliantes, nada fazer; não tomar nenhuma ação e avisar ao escritório central para que sejam enviadas as viaturas devidamente preparadas para tal abordagem.

Soares - Eu sempre tenho combatido essa maneira da policia agir, com as sirenes ligadas, o bandido é avisado com antecedência e acaba fugindo nos trazendo muito mais dificuldades para capturá-lo, dá se a impressão de que não estão querendo fazer seu trabalho, em capturar bandidos.
Profeta – Eu acho que fazem questão que eles fujam mesmo, por medo de encará-los, pois são muito bem armados até melhor que a própria policia.
Vinícius - O soldado que se comporta demonstrando medo, melhor seria que não vestisse a farda, e procurasse outra profissão, quando agente entra para policia, já tomamos conhecimento de todos os riscos, considero covarde quem age desta maneira.
Mas o Soares está coberto de razão, a sirene só serve para espantar quem está devendo a lei.
Profeta - Você foi muito bem recomendado, dizem que os bandidos tremem quando sabe que você está no encalço deles, até pessoas do governo já provou de seu mal humor.
Vinícius - Uma coisa que não sou e não tolero é ser mal humorado apenas levo minhas responsabilidades a sério, até as ultimas conseqüências, e pra mim não existe barreiras de personalidade políticas ou religiosas, se dever vai ter que acertar contas, e se eu for escalado para este acerto, pode saber que de um jeito ou de outro o resultado sempre será positivo.
Falcão - Agora vejo a razão de toda a recomendação, pode contar comigo que estarei aqui com você pra o que der e vier.  
Soares - Comigo também, gosto de encarar os marginais com quem se dedica sem temer, saiba que você é sempre muito bem-vindo em nosso grupo.
Profeta - Então agora já não somos mais um quarteto, na verdade você chegou em boa hora, pois as nossas mulheres não estão dando conta de seus serviços domésticos, o quarteto era formado por nós três e mais a doutora Ariana, ela pode não querer sair do grupo, mas tem que entender que está sendo muito difícil pra ela, ainda mais com aquela barrigona que está carregando.
Falcão - O Profeta está certo, as mulheres parecem ter combinado a se engravidarem todas ao mesmo tempo, nenhuma delas tem condições físicas pra este trabalho.
Vinícius – A Dolores minha esposa, ela é tão boa policial quanto a qualquer um de nós, a qualquer momento vou trazê-la aqui no escritório pra vocês a conhecerem.
Soares - Que tal agente marcar um jantar para nos conhecermos melhor, cada um trazendo a sua esposa, garanto que serão boas amigas, você diz que sua esposa também é uma agente federal?
Vinício - Sim, e das mais bem cotadas, ela é muito competente, e já ganhou tantas medalhas por bravura que nem eu mesmo ainda não consegui, ela está escalada para desvendar os mistérios do mensalão.
É uma responsabilidade de alto risco, mas ela é muito esperta, teve boa escola e sempre se sai bem, tanto que para este almoço vai depender do dia, e nem assim, pois pode até ser que na ultima hora ela terá que sair às pressas.                                                                                                             
Soares -- Vamos marcar; se ela estiver presente vai ser ótimo, tenho certeza que não será em vão este jantar. 
*Enquanto discutiam a maneira de como chegar à quadrilha, Dolores estava no encalço de Matos Valeriano, ele é suspeito de grandes desvios do dinheiro público; assim como Valeriano havia colocado um rastreador no carro que havia vendido para Pereirão, o seu carro também estava com um rastreador colocado por um dos agentes da equipe de Dolores, e seguia Valeriano em todos os seus movimentos sem deixar que ele tomasse conhecimento, e logo após a saída de Valeriano, Dolores entra em cena com sua equipe todos de arma em punho quando Pereirão havia acabado de copiar os documentos*
 Pereirão - Quem são vocês? O que querem de mim?
Dolores - Queremos apenas a sua colaboração.
Pereirão - Como assim? A respeito de que assunto?
Dolores - Qual a sua ligação com Matos Valeriano?
Pereirão - Apenas negócios!...
Dolores - Que tipo de negócio?
Pereirão - Eu comprei um carro em sua agencia até então não o conhecia, a chegada dele aqui pra mim foi uma surpresa ele veio me procurar para um pequeno trabalho.                          
Tenho uma pequena gráfica, acho que deixei escapar esta informação e ele me recomendou umas cópias de alguns documentos.
Dolores - Deixe-me ver estes documentos!...
Pereirão - Isto eu não posso fazer, é totalmente sigiloso
Depois de terminar todo o serviço de copiar os documentos, deixou os originais em cima da mesa, que foi visto por Dolores, e amarelou diante aos olhares incriminadores de Dolores.
Dolores - Então são estes os documentos que Valeriano quer adulterar, pra se livrar de ser condenado por corrupção?
Pereirão - Beeem! Eu sóoo faaaço o meeeeu serviiiiiço, que mal há nisto?
Dolores - Não haveria mal algum se seu trabalho fosse honesto.
Pereirão - Como pode dizer que meu trabalho não é honesto?                                                                       
Dolores - A sua fixa de falcatruas no departamento policial é muito extensa, mas por enquanto a nossa missão não é você, sorte sua!...
*Muita coisa ainda precisava ser esclarecida, e Pereirão seria o ponto de partida, por isso não podia ser preso ainda
*Naquele instante, os guardas costas de Pereirão que estavam às escondidas entram em ação*       
Moisés - Estas pessoas estão te incomodando patrão.                                                                      
Pereirão - Coloque estes intrusos porta afora.                                                                        
Malaquias - É pra já patrão.
*Fala sacando sua arma*
*Dolores em um salto, e em um golpe de caratê perfeito que ninguém esperava, acertou em cheio a mão de Malaquias, desarmando o e luta com ele, enquanto isto os outros de sua equipe encara cada um dos bandidos, e todos eles ficaram ali estendidos ao chão desmaiados*                                          
*Assim puderam fazer a limpa em todas as informações do grupo de malfeitores, levando a câmara e o pendraiv, e também os documentos originais de Valeriano*
*Mais tarde no apartamento em que mora com Vinícius a conversa ficou animada depois que relatou tudo o que havia acontecido no seu dia de trabalho*
Vinícius - Eu não fico nada tranqüilo quando você sai pra fazer este tipo de trabalho, estas abordagens é um serviço de alto risco, sei que a nossa função é moralizar a lei e temos que encarar muitos obstáculos, e muitas vezes achamos que é o nosso fim, e que não conseguiremos sair ileso sem nos machucar.
Dolores - Quando agente age sabendo do terreno onde estamos pisando, dificilmente agente é surpreendido.
Vinícius - Porque não trouxe o pendraiv e a câmara pra eu dar olhada?
Dolores - Deixei tudo com o departamento para as devidas averiguações, não quero trazer problemas de trabalho aqui pra casa.
Vinícius - Pelo visto você esta se saindo muito bem, tô vendo a hora que vai tomar a minha posição no CCCO.                                                                                                                           Mudando de assunto, você precisa conhecer o quarteto da justiça, que pessoal legal, eles querem marcar um almoço ou um jantar conosco, para nos conhecer melhor.
Dolores - No departamento do pessoal tem uma nota me proporcionando uns dias de folga em vista de minhas ultimas atividades, pelo visto do que se consta nas minhas investigações, vai complicar a vida de muita gente, principalmente os graúdos.                                                                                                                                           Deixe estas folgas serem anunciadas ai agente marca este tal jantar, falaram em uns dias de folga, mas não disseram quando serão estes dias.
*O bando de Pereirão retoma seus sentidos e conclui que estavam nas mãos da lei e nas mãos do bando de Valeriano*
Pereirão - E agora, como explicar isso para o Valeriano!...
Moisés - É patrão, a situação não está muito favorável pra nós não; como esse pessoal conseguiu chegar até nós?
Malaquias - Lembra que Valeriano estava rastreando seu carro, quem sabe se o carro dele também não estava sendo rastreado?
Pereirão - É, pode ser isto, mas agora precisamos correr atrás do pendraiv e dos documentos que nos comprometem, pra esta tarefa não vejo outra pessoa melhor que Moisés, ele representa muito bem, e vai se entrosar na boca do lobo, como faxineiro e se apoderar do dito, se não conseguir vamos estar todos fritos.
*Tudo feito como o combinado, e Moisés se disfarça de gari e se mistura com os demais da secretaria de segurança; conseguiu localizar os tais documentos, mas o pendraiv estava muito bem guardado em poder de Dolores que não havia mostrado nem a Vinícius para não deixá-lo preocupado, quanto aos documentos que Moisés havia recuperado já não fazia mais falta, porque estavam todos scaneados e bem protegido via internet em uma página segura da secretaria de segurança, para mais tarde no tribunal serem apresentados, sem deixar margens para defesa dos acusados*
*Dolores, muito esperta, compra vários pendraivs da mesma cor e modelo, e atendendo um convite de um almoço muito especial na casa de Antonio não perdeu tempo em distribuí-los*
*Chama Simone em particular e passa a ela um dos pendraivs, com a recomendação de não fazer nenhuma resistência a quem dela cobrasse, pois sabia que estava sendo seguida*
*Por coincidência o tal pastor corrupto que estava encarregado de localizar Alfredo já o havia localizado e estava fotografando tudo o que podia, e como era de sua responsabilidade passar via e-mail todos os dias o relatório de suas investigações, inclusive tudo o que fotografava*
*E sem saber, chegou onde estava Dolores que nem estava sendo investigada por ele; em uma das fotos foi focalizado quando ela passava o pendraiv para Simone*
*A missão do pastor estava parcialmente cumprida, pois a recomendação de Pereirão era apenas localizar Alfredo, e tão logo Pereirão se apossa do relatório do pastor, se depara com a tal foto*
Pereirão - *Falando com Malaquias*
 Bom! Agora já podemos respirar mais aliviado, o pendraiv já foi localizado, pelo menos é o que parece, o tal pendraiv é tal qual o que estamos procurando, agora é só pegar esta moça desprevenida, e trazê-la para o cativeiro, tendo ela em nossas mãos, de um jeito ou de outro vamos pegar o nosso pendraiv de volta.
Malaquias - Então, já que Moisés viajou para São Paulo precisa saber onde está a tal moça, assim vai adiantar sua missão, e fazer o que precisa ser feito.
Pereirão - Vou ligar pra ele agora, sem perda de tempo
*Pelo celular*
Alô Moisés, aproveite que o pastor ainda está ai em são Paulo, junte-se a ele e seqüestre esta moça e traga a até a mim
*Mostra a moça no visor do táblet*
*Moisés salva a imagem de Simone no seu smartfone, e vai à procura de onde estava o tal pastor corrupto,  se junta ao pastor para seqüestrar Simone, que não ofereceu nenhuma resistência*
*Em meio à viagem para o Rio de Janeiro, Simone reage e agride a Moisés que estava ao volante, fazendo o a sair fora da estrada, e cair no precipício, rapidamente abre a porta do veículo e salta rolando morro abaixo caindo entre a fenda de um amontoado de pedras, o veículo violentamente se choca com outras pedras mais adiante, deixando os dois ocupantes fora de combate, em vista das condições, Vinicius havia aconselhado a Alfredo e a todos os que dele era mais próximo a implantar em seus corpos um chip de segurança, e foi através do chip que Simone estava usando que foi facilmente localizada*
*Parece que tudo estava contribuindo, para se chegar a um outro episódio, que a muitos anos atrás, foi alvo de grande repercussão nacional.
Tratava-se de um grande assalto, na capital que foi descoberto na queda de Simone, pois ela foi cair exatamente junto a um cadáver e um saco deste de transportar dinheiro do Banco Nacional, cheio de notas, nacionais e estrangeiras que estavam na responsabilidade banco assaltado; e assim o mistério do assalto, que já haviam dado por encerrado, agora volta a tona, e tudo é esclarecido*
*E como diz às escrituras, nada fica encoberto na face da terra, podendo dar condições as autoridades dar o veredicto final neste caso*
*Os dois elementos foram transportados para o hospital sob a escolta de segurança máxima; do hospital sairiam diretamente para o presídio, onde teriam que prestar esclarecimento, para chegar aos outros elementos da tal quadrilha, para quem trabalhavam*
*No hospital*
Alfredo - *Que antes parecia não se importar com família, agora fica todo preocupado com Simone, sua vida tomou outro rumo depois que a conheceu*
 Como está ela Doutor?
Dr. Rogério - Bom!... A pancada que ela levou na cabeça, foi muito violenta, mas ela é forte e luta pela vida, por enquanto não se pode dar um diagnóstico com precisão, mas tudo indica que ela vai sair desta, pode acreditar, se depender de meus esforços, vou trazê-la de volta.
Alfredo - Passei a vida toda pensando ser só no mundo, agora que recebo este presente, vem essa desgraça, para atrapalhar a nossa felicidade.

Dr. Rogério - *Não se apavore, torça para que tudo se resolva positivamente, nem tudo está perdido.
 *Neste momento, chegam: Antonio, Madalena e Mariom, que eram os amigos mais íntimos de Simone*
Antonio – E os dois elementos que a seqüestrou, está também aqui neste hospital?
Dr. Rogério - Logo depois que a senhorita Simone foi internada, chegou outra ambulância com dois elementos sob escolta policial, estão sendo medicados ali na sala cirúrgica, pelo visto são elementos perigosos.

Mariom - Então deve ser por causa deles este movimento de policiais, se eles seqüestraram a Simone e estavam levando a para fora da cidade, naturalmente que tem mais pessoas envolvidas neste caso, e a policia vai usar estes infelizes para chegar aos demais bandidos.
Alfredo - Imagino que eles ao seqüestrar Simone, o objetivo deles era me atingir.
Mariom - Eu acho que não, eu vi quando a Dolores, esposa de Vinícius, deu a ela um pendraiv, pedindo que ela o guardasse a quatro chaves, porém com a recomendação de não resistir, caso fosse abordada, por alguém suspeito.   
Alfredo - Mas que sentido faria isto, se ela entregasse logo, sem nenhuma resistência?
Mariom - Acho que isto faz parte de uma jogada para por as mãos nesta quadrilha.
Alfredo - Mesmo que isto significasse perigo para Simone?
Mariom - A intenção não foi esta, alguma coisa saiu do controle.
*Alfredo nem imaginava que eles queriam, era por as mãos nele, iriam usar Simone para forçá-lo a dar as caras onde a quadrilha se reunia*
*No esconderijo da quadrilha*
Pereirão - A ansiedade está me matando, porque será a demora de noticias daqueles dois infelizes, já estou cansado de ligar para os dois e só dá caixa postal, deve estar farreando em São Paulo, com seus aparelhos desligados.
Heitor - *Ex- carcereiro que deu fuga aos criminosos)
 Calma patrão, cuidado pra não se estressar, e meter os pés pelas mãos.
Pereirão - Estou calmo até demais, mas quando aqueles dois aparecerem, vão ter que me dar boas explicações para me convencer.
*Não sabia ele que a noticia que tanto esperava jamais a receberia*
*Enquanto isto no departamento de policia*
Vinícius - Sargento faça uma ligação para estes números e rastreie-os, assim vamos chegar a estes bandidos.
Falcão - Mas a doutora Dolores já não sabe onde estão esses bandidos?
Vinícius - Sim, mas não sabemos se é a mesma quadrilha que ela localizou, rastreando vamos ter mais segurança na abordagem, assim vamos poder surpreendê-los.

Então é pra já capitão
*O sargento pega o celular de Moisés, faz a ligação e Pereirão atende*
Vinícius - Não vejo a hora de por as mãos, nestes fora da lei.
Falcão - Estes infelizes que estão no hospital, se depender deles, não vai dar jogo, morrem, mas não se entregam, nossa sorte foi estarem desacordados no acidente, mas pelo celular deles vamos chegar aos demais, sem precisar fazer pressão em cima deles.
Vinícius - Valeu a idéia de Dolores em implantar chip nas pessoas da convivência de Alfredo, assim diminuiu muito o nosso trabalho, e o mais importante é que salvou a vida dela.
Falcão - E por falar em Dolores, sua esposa, ela chegou a finalizar as investigações a
respeito do tal deputado corrupto?
Vinícius - Dolores, não desiste nunca de uma investigação, ai daqueles que cair na malha dela. Através deste deputado foi abrindo um leque de corrupção onde muitos outros vão ter que prestar esclarecimentos, é muito desvio de dinheiro dos cofres públicos.
*Algum tempo depois*
Vinícius - Fez o rastreamento dos tais números?
Falcão - Pelo que diz aqui no mapa, as ultimas ligações do comando do crime, vem lá
de uma região de difícil acesso, veja você mesmo
*Mostrando a localização no mapa*
Vinícius - *Olhando o mapa*
Pera, ai, esta região foi lá onde a Dolores localizou e pegou os tais documentos que comprometeu o tal deputado e muitos outros, vá lá à sala de Dolores e peça a ela confirmar isto pra nós, quem sabe é a quadrilha que estamos procurando.
*Minutos depois*
Dolores - Descobriu alguma coisa importante?
Vinícius - Por favor, gostaria que desse uma olhada neste mapa pra gente ter a certeza se esta região é a mesma em que você localizou o tal deputado.
Dolores – *Olhando o mapa*
 Realmente tudo indica que são os mesmo elementos, que tive o desprazer de conhecer
é um lugar muito feio no topo de uma favela no Rio de Janeiro.
Vinícius - Mas como você chegou até a eles?
Dolores - Fomos lá na agência do deputado, localizamos o carro dele, colocamos um rastreador sem deixar que ele desconfiasse de nada, depois foi só ficar na espreita, e conseguimos chegar até esta quadrilha.
Vinícius - Porque não comunicou isto ao departamento?
Dolores - Primeiro, eu estava investigando o deputado e não podia perder o foco, e também não tinha nenhuma prova que pudesse incriminar o tal do Pereirão, mas agora as coisas mudam de figura, e quero estar com vocês nesta busca.
Vinícius - Falcão, por gentileza reúna os homens, enquanto me entendo com o departamento do Rio de Janeiro, é outra jurisdição e não podemos agir sem a permissão do comando de lá.
Se localizamos os bandidos é nossa obrigação dar uma satisfação a eles, apesar de ser
Federal, precisamos respeitar os direitos de cada setor.
Falcão - O departamento do Rio de janeiro poderá nos dar cobertura.
Vinícius - Sim, mas eu fico na linha de frente, e tudo tem que ser como eu determinar, se queremos acabar com o banditismo, não podemos anunciar que vamos agir, portanto nenhuma sirene ligada, prefiro a surpresa ela é ponto a nosso favor, outra coisa, atirar só em legítima defesa.
*Já no Rio de Janeiro*
Vinícius – *Apresenta sua esposa a Soares*
Esta é Dolores minha esposa; como ainda não tivemos oportunidade de realizar o tão esperado almoço, ela se prontificou em estar conosco nesta abordagem 
Soares - Encantado, Vinícius nos falou de sua competência
Dolores - Não chego aos pés dele, ele é muito mais competente que eu; marido sempre gosta de exagerar, quando se refere a sua esposa, ainda mais quando se amam de verdade.
Soares - Agora dá pra entender o respeito de um pelo outro
*Volta a falar com Vinícius*
Naturalmente que você já esquematizou toda a ação contra os criminosos!...
Vinícius - Sim!.. Meus soldados já receberam as instruções, quando estou numa missão, gosto muito de agir com o fator surpresa, não ligar sirenes nas aproximidades do nosso alvo; agente pega todo mundo sem deixar rastos de sangue, isto não significa que às vezes agente não precisa apelar pela violência; mas fazendo o trabalho com responsabilidade diminui a possibilidade de alguma coisa sair errada, e evitar derramamento de sangue.

Soares - Também não concordo com sirene ligada, dá-se a impressão que estamos afugentando os criminosos, mas a tradição é feita dessa forma; mas tudo bem, tudo
por uma boa causa.
*No esconderijo de Pereirão*
Pereirão - Parece que estão se esquecendo de nós; há muito tempo que ninguém não
nos incomoda,
Melhor assim, assim poderemos trabalhar em paz, só estou achando estranho o sumiço
destes dois infelizes que mandei investigar em São Paulo, será que eles resolveram
mudar de vida, e nos tenha abandonado?
Malaquias - Patrão, o silêncio destes dois pode nos trazer muitos aborrecimentos, é claro que existe um motivo pela falta de comunicação, mas como saber o que aconteceu?
*Enquanto discutiam, o cerco estava fechando pra eles e nem notavam, Vinícius aguardava o momento certo para entrar em ação*.
Dolores - O que está esperando para dar as ordens de ataque?

Vinícius - *Dá um toque para Soares e pede para aguardar suas ordens*
Eu acho que ainda faltam alguns elementos que ainda não compareceram, vamos continuar na espreita, e não deixar ninguém notar nossa presença: assim pegaremos a quadrilha completa.
*Vinícius estava cheio de razão, pois logo em seguida, vieram mais três elementos e se
adentraram na casa de Pereirão*.
*Em seguida, Vinícius e Dolores se aproximam da casa e de arma em punho, faz sinal
para que Soares se achegasse com sua equipe.
Quando Pereirão estava comemorando a sua ultima façanha que lhe resultou uma boa quantia, referente ao assalto a uma joalheria;
A festa foi interrompida com o barulho da porta caindo ao chão acompanhado com a voz autoritária de Vinícius*
Vinícius - Todos deitados no chão, coloquem as mãos sobre a nuca.
*Malaquias, se achando muito esperto, deita no chão ao mesmo tempo em que saca sua arma, azar o seu não teve uma segunda chance, levou um tiro bem no centro da
Testa*
*Aproveitando a confusão Pereirão se levanta e pega a sua metralhadora, procurando se esconder, e seus comparsas também correm em sua direção procurando se defender atrás dos móveis; foi uma batalha e tanto, era tiro pra todos os lados*
*Os que não foram atingidos no local tentando escapar foram pegos pela equipe de Soares, que não deu nenhuma chance para nenhum deles.
E mais uma quadrilha de malfeitores foi desbaratada; esses nunca mais vão fazer nenhum mal a mais ninguém*
*Para tranqüilidade da comunidade, do povo e da vizinhança, foi publicado no jornal da cidade tudo o que havia ocorrido inclusive o acidente, que levou ao extermino de toda a quadrilha, pois foi através dos celulares dos foras da lei que chegaram até a quadrilha maldita*
Na casa do senhor Floriano os preparativos para o casamento de Ton e Mad
Senhor Floriano - Acho que nosso espaço aqui comporta uma festa deste porte.
Ton - O lugar onde será realizada a cerimônia, pra mim não faz diferença, o que me
importa na verdade é estar ao lado de minha amada Madalena.
Madalena - Hoje já não se faz mais festas nas dependências domésticas e sim em um clube de renome, é muito mais chique, e não dá nenhum trabalho para os donos da casa.
Senhor Floriano - Mas, eu já estava me preparando para esse dia e vocês vão me tirar este privilégio?
Madalena - Não papai o senhor vai estar inteiro neste compromisso, só que não é viável fazer aqui em casa, dá muito trabalho.

Ton - Concordo que devemos acatar as opiniões dos demais da casa, a Rosinha e
também a dona Flora não podem ficar fora de dar seus palpites.
Rosinha - Estou de acordo com Madalena, imaginem uma multidão de gente nas dependências do jardim, pisando pra todos os lados, dia seguinte é que agente vai ver o quanto erramos, o meu voto é que o casamento seja no clube.
Dona Flora - Também concordo que seja no clube.
 Senhor Floriano - Então não temos mais o que discutir, mas, vocês tomam as iniciativas, e eu me encarrego das despesas.
Ton - Vamos então repartir todos os gastos, não quero ficar de fora sem dar a minha contribuição, afinal de contas o maior beneficiado vai ser eu, pois vou ter pra sempre esta preciosidade em minha companhia
*Fala e beija Madalena*
*Neste clima de romance e acertos de como será a festa de casamento, parece não ter fim, então vamos ver o que está acontecendo La na casa de Antonio, como está Simone depois do acidente.
Marion, o advogado estava encantado com ela, e não perdia a oportunidade de estar a seu lado*
Simone - É incrível as voltas que o mundo dá, quem poderia imaginar que nestas
alturas eu iria encontrar meu irmão, eu estou tão feliz com isto!...
Mariom - Mais incrível ainda foi às condições da descoberta, cada um de vocês tem uma história diferente, porém tudo se resume em pontos positivos, pensando bem, olhando pra vocês agente nota algo muito em comum
Os olhos, o sorriso, a maneira de falar, são tudo parecidos. 
Alfredo - Ainda não havia pensado nisto, mas agora vejo estas coincidências.
Mariom - *Falando a Simone*
Vejo que você está melhorando a cada dia que passa; respeite as ordens médicas, pra se recuperar logo, pois quero que você esteja a meu lado, lembre-se que somos testemunhas de Antonio, e quero estar com você no altar junto dele, esperando por Madalena.
Alfredo - *Enciumado*
Que inveja de vocês; se eu não tivesse pisado na bola bem que poderia ser eu a estar no altar com Simone; apesar de não ter sido convidado para ser padrinho, eu sou uma das melhores testemunhas, pois fui causador do sofrimento dos noivos, quanta ignorância minha!.. Quanto arrependimento!...
Mariom - Nunca é tarde para o arrependimento, veja o quanto você estava perdendo, ninguém estava acreditando mais em você, e se continuasse agindo daquela maneira,
seu fim não seria nada agradável.
Alfredo - Só agora depois de receber este presente maravilhoso que é a minha irmã, é que eu pude perceber que a vida não pode ser levada de qualquer jeito, e agente tem sempre um motivo para ser feliz, e de agora em diante vou fazer tudo para merecer a confiança de todos, e aproveitar o que de bom a vida me oferecer.
Simone - Assim que se fala meu irmão, ainda vou ter muito orgulho de você, tenha certeza disto.
Na residência do senhor Floriano; Madalena faz a lista dos convidados:
Antonio - Uma das pessoas que faço questão que esteja presente, é o Alfredo, não quero que ele se sinta ofendido, mas que entenda que realmente o perdoei.
Madalena - Conheço muita gente de bom coração; mas igual ao seu, duvido que alguém encontre.
Antonio - Não podemos esquecer das autoridades, principalmente daqueles que  participaram diretamente em minha
*Passaram-se os dias, os convites do casório já distribuídos, em fim chega o dia do casamento, o salão da festa já estava preparado com uma decoração pra ficar na história, feita com muito bom gosto e muito capricho, não mediram esforços e muito menos o quanto iriam gastar*
Os convidados começam a chegar e cada casal toma o seu lugar que fora reservado, cada mesa com seus respectivos nomes.
Aproxima-se a hora e as testemunhas tomam o seu lugar no altar.
A Simone totalmente recuperada, esbanjando beleza e simpatia ao lado de Mariom que não cabia em-si de tanto orgulho e felicidade, se posicionaram ao lado de Antonio, junto com as demais testemunhas.
*De braços dados com o senhor Floriano, sobe as escadarias do clube, que também estava adequadamente decorado para este evento tão especial,
Ao adentrar no salão Todos os convidados se levantam em reverência a noiva conduzida por seu pai, a sua frente uma linda dama de honra, ia jogando pétalas de rosa onde ela haveria de pisar*
Antonio deixa suas testemunhas no altar e vem ao encontro de sua amada, quando o senhor Floriano também muito feliz diz para Antonio*
Senhor Floriano -  Confio em você, faça minha filha feliz, que você terá todo prestigio comigo.

Antonio - Serei eu muito idiota se assim não fizer, pois ela é a razão de minha vida.
*Em fim chega diante do pastor que faz as perguntas de praxe, e depois do sim, o pastor autoriza*
Pode beijar a noiva, que logo em seguida ouviram-se o murmúrio dos convidados: hòoooooooooo..... Acompanhado de muitas palmas.
*A festança foi ali mesmo, os garçons enfileirados, cada um trazendo os comes e bebes, satisfazendo a vontade de cada um dos convidados, e ninguém arredava o pé até altas horas*
*Só que ninguém dava noticia dos noivos que a estas horas já deveria estar bem longe
Usufruindo de sua lua de mel*.
*No apartamento de Vinícius*
Vinícius - Notei que você estava muito emocionada, durante a cerimônia, você sendo a durona em seu trabalho, achei um tanto estranho.
Dolores - Quando a noiva começou a entrar no salão, já comecei a me emocionar lembrando de nosso casamento, que foi um tanto tumultuado, devido as nossas condições. Quando tiver uma oportunidade, gostaria de poder comemorar o nosso casamento para todos os nossos amigos em um clube deste porte; isto se você concordar é claro.
Vinícius - Meu amor; tudo que você desejar, você sabe que pode contar comigo e não medirei sacrifícios, porém como é do seu conhecimento, a nossa profissão não nos dá chances de fazer o que queremos, pois quando agente menos espera, surge uma emergência pra tirar a nossa alegria, vou ver com o comandante geral se há possibilidade de nossas férias coincidirem, assim fica mais fácil poder agendar esta festa que você tanto deseja.

Dolores - Este casal tem tudo pra ser muito feliz, a gente nota a felicidade deles,
parece que foram feitos um para o outro.
 Vinícius - E foram; ninguém vai conseguir atrapalhar a harmonia que existe entre eles,
ali existe amor de verdade, assim como o nosso.
*O casamento de Antonio e Madalena, não deixou nada que pudesse ser criticado, saiu
tudo dentro das normalidades, tal com haviam planejado, deixando todos
admirados, porém alguém se sentia humilhado diante de tanta felicidade.
Alfredo; que parecia arrependido de tudo o que havia feito a Antonio; e muitos acreditaram achando que ele iria deixar Antonio e Madalena viverem em paz, mas o ciúme, e a depressão vieram à tona, ao ver suas esperanças perdidas; e começa a maquinar em sua cabeça uma forma de atrapalhar a felicidade dos dois, sua cabeça fervilhava em duvidas de como ia agir, e começa a pensar; quando se deu conta estava falando tão alto, chamando a atenção dos empregados da fazenda que eram seus subordinados*
Alfredo - Olha aqui; vocês não ouviram nada entenderam? Se acaso isto que falei alguém mais ficar sabendo, vão se ver comigo.
*Acontece que os funcionários já não estavam mais agüentando o seu mau humor, e cansados de serem humilhados por ele, nem deram bola por suas insinuações, e simplesmente virou as costas como resposta*
Tendo eles um bom relacionamento com o senhor Floriano; o dono da fazenda por serem funcionários antigos e de inteira confiança; ignoram por completo todas as ameaças de Alfredo e conta tudo o que ouvira.
Empregado - O Alfredo disse que não está conformado com o casamento de Madalena com o Antonio, e vai fazer de tudo, pra infernizar a vida deles.
Senhor Floriano - Eu sabia que isto ia acontecer, nunca acreditei que ele havia se arrependido de tudo que havia feito; preciso ter uma conversa definitiva com ele, e se ele não considerar; vou ter que dispensar os seus serviços.
*As ameaças de dispensa de Alfredo parecem não ter surtido efeito, pois ele ignorou por completo tudo que o senhor Floriano lhe falou, visando que pelo tempo que morava com eles, já considerava seu herdeiro, e que ele não iria ter condições de pagar todos os seus direitos, por isso ele se achava no direito de fazer o que bem desse na telha* 
Alfredo - Vou infernizar a vida de Antonio até conseguir meu objetivo, a Madalena vai ser minha, custe o que custar, e vou começar agora;
*Entra no Face Book de Madalena, e digita as suas más intenções*
Oi, meu amor como você está? Esse sujeito está te tratando bem?... Saiba que vou tirar você das mãos dele; ele não te merece.
Madalena - *Respondendo*
Deixe-nos em paz, eu sou feliz com ele, e nada vai nos atrapalhar, não entre mais em minha página, se não vou ter que deletá-lo.
Alfredo - Não faça isso meu amor, se não quiser que eu tome medida mais drástica.
Madalena - Pensei que você já tinha superado este problema, não adianta querer insistir, é perda de tempo, porque Jamais vou trair meu amor.
Alfredo - Você não vai estar traindo ninguém, pois ele vai sair do meu caminho, e você vai se sentir só, e o meu ombro vai estar a sua disposição.
Madalena - Você fala como se tivesse convicção do que pretende fazer.
Alfredo - Não queria fazer mal a ninguém, mas vocês, não me deixaram nenhuma alternativa.
Madalena - Se você fizer algum mal a Antonio, prometo a você que nunca mais olho em sua cara.
Alfredo - Não seja tão cruel comigo, você sabe muito bem que te amo, e não vou desistir de você assim tão facilmente.
Madalena - Você precisa pensar bem em suas atitudes, todos nós havíamos pensado que você tinha mudado e prometera ser um novo homem; o que a Simone vai pensar quando souber o que está fazendo? Sabe muito bem que amo o Antonio, e nada e nem ninguém vai mudar isto; e de mais a mais amar quem não nos ama é perda de tempo, você mesmo disse isto.
Alfredo - Não precisa me dar lição de moral, já sou bem grandinho pra saber o que quero da vida, e ninguém melhor que você pra saber o que quero.
Madalena - Não quero ser grosseira com você, mas se continuar nessa insistência vou ter que apagar você da minha página.
Alfredo - Não me force ser radical, pode sair muito caro pra vocês.
*Enquanto estavam teclando, Antonio chega e flagra Madalena em seu computador*
Antonio - Porque fechou o computador na hora que cheguei?
Madalena - Porque não quero que você se aborreça!...
Antonio - Agindo assim, já me contrariou o que está acontecendo? Posso ver seu computador?
Madalena - Como eu disse, não queria contrariar você, mas vou te contar o que está acontecendo; o Alfredo parece não ter tomado emenda e está me perturbando através do Face book até ameaças ele está fazendo.
Antonio - Porque você ainda tem esse sujeito em sua página?
Madalena - Tenho o Alfredo como um irmão, jamais pensei que fosse me trazer tantos problemas, mas não seja por isso, vou deletá-lo agora!
Antonio - Mas primeiro quero ver as intenções dele, me deixe ver o que ele está insinuando.
Madalena -*Passa o computador para Antonio*
Ele é muito abusado...
Antonio - Vou ter que tomar minhas providências.
Madalena - O que você pretende fazer?
Antonio – Não se preocupe, não vou sujar as minhas mãos com ele, pra isso temos leis.
*Antes que Antonio procurasse se entender com Vinícius; Alfredo já havia contratado um capanga para simular um acidente contra ele, sem deixar provas que o incriminasse, e já estava vigiando os seus passos*
*Quando Antonio saia do trabalho foi seguido pelo capanga; e ao chegar a um lugar ermo fora da cidade em um trecho perigoso da estrada, joga seu carro contra o de Antonio, fazendo o capotar*
*A intenção do capanga seria fazê-lo cair na ribanceira, mas Antonio teve sorte, e só teve alguns arranhões*
*Quem se deu mal foi o capanga, que perdeu o controle do veiculo e despencou ladeira a baixo e se chocou em uma grande pedra que estava em sua frente, tendo morte instantânea; o carro que dirigia foi roubado de uma senhora da capital, e não tinha um só documento que pudesse provar sua identidade, sendo sepultado como indigente*
*Sorte do Alfredo que neste caso ficou ileso de qualquer suspeita; e ninguém podia apontar o dedo pra ele, acusando o de participar na tentativa de assassinar Antonio*.
*Quanto a Antonio o seu trabalho foi apenas ligar para sua seguradora que em poucas horas já estava no local do acidente com um guincho para levar seu carro, que foi constado, perda total, porque ao capotar diversas vezes, ficou todo empenado não tendo condições de recuperação*
*Antonio foi levado para o hospital apenas para constatar que nada de grave havia sofrido, pois estava com cinto de segurança, e, além disto o air-beg funcionou protegendo sua cabeça, e nada sofreu*
Alfredo - *Fica indignado em saber que seu plano fracassou*
 Este infeliz sempre dá sorte, mas não vou desistir.
*No carro onde estava o bandido contratado por Alfredo, não existia nada que pudesse comprometer Alfredo, pelo menos até encontrar o celular do infortunado, que estava caído entre as ferragens e várias ligações do Alfredo pra ele e dele para o Alfredo, foram encontradas; e agora como Alfredo vai sair dessa?*
*No escritório da fazenda, Alfredo confiante que não seria pego, começa a maquinar novos planos pra se livrar de Antonio, pensando ele que Antonio não saberia nada de seu envolvimento; procura- o e o convida para almoçar em um restaurante perto de seu escritório de Engenharia, e sem nenhuma malicia, Antonio aceita o convite Alfredo estava na intenção de envenenar Antonio*
*Quando estavam ali aguardando atendimento, Vinícius, mais dois policiais fortes, se aproximam, pois já haviam procurado Antonio em seu escritório e foi informado que ele estava ali no restaurante*
Vinícius – Bom dia senhores!...
Antonio - Bom dia Vinícius, como tem passado? Se assente conosco, ainda não fomos atendidos, mas o garçom já está vindo nos atender.
*Cada um pega seu cardápio e começa a dedilhar as folhas*
Vinícius - A variedade do cardápio é bastante variada, fica até difícil definir o que agente quer.
*Enquanto aguardavam a comida, o bate papo se estendeu, mas Vinícius não deixou transparecer a verdadeira razão de sua presença ali naquele momento; Alfredo foi o primeiro a tocar no assunto do acidente*
Alfredo - *Dirigindo-se a Vinícius*
Como está o caso daquele acidente que quase matou meu amigo aqui?
*Mostrando para Antonio*

Vinicius - Seu amigo, como você disse, teve muita sorte, pelo estado que seu carro ficou dificilmente teria escapado, se não fosse estar com o cinto de segurança e seu carro ser bem equipado para segurança do motorista.
Alfredo - *Interessado em saber se estavam suspeitando dele*
 Já conseguiram identificar o morto no acidente?
Vinicius - Aquele era um pobre coitado, contratado por alguém que quer se livrar de Antonio.
Alfredo -*Com toda frieza, comenta*
 Mas quem poderia desejar mal a uma pessoa como Vinícius, uma pessoa tão honesta como ele? Será que este bandido não tem parente por estas bandas?
Antonio - Porque você faz tanta pergunta, será que você sabe de alguma coisa?
Alfredo - Eu!... Porque saberia?
A comida foi servida, e comeram tranqüilamente, sem maiores constrangimentos, até, que!...
Vinícius - Pelas perguntas que você me fez, dá pra gente imaginar, que sabe de alguma coisa sim, pelo que sei; você já prejudicou muito, este que você diz ser seu amigo.
 Alfredo - *Desconcertado*
Não delegado, isto foi no passado, agora os tempos são outros.
Vinícius - É mesmo! Como é que você me explica isso
*Tira do bolso o tal celular, e faz um sinal para que seus colegas se aproximassem*
Alfredo - *Sem saída, reconhece o celular, e perde o controle*
Mas, como conseguiu isso?
*Tenta sair e é barrado pelos colegas de Vinícius*
Vinícius - A farsa acabou pra você; você está preso, você tem muito que explicar; algeme-o levem-no para o camburão.
Antonio - Vinícius, você é uma pessoa que admiro muito, admiro muito a sua coragem e sua calma para solucionar problemas que às vezes parecem impossíveis
Vinícius - Com pessoas desta estirpe, agente tem que ser cauteloso, pra não deixar margem de fracasso nas abordagens, astúcia, se combate com astúcia.
*Mais tarde no apartamento onde Vinícius e Dolores moram; volta o assunto de realizar o tal casamento de como ela gostaria que fosse*
Antonio - *Estive conversando com o Major Nikolai a respeito de nossas férias, e ele considerou o nosso pedido, vamos sair de férias na mesma data, assim poderemos marcar a data desta grande festa.
Que todos vejam como é grande o nosso amor, e que nada e nem ninguém vai nos atrapalhar.
Dolores - Que bom meu amor; esse dia vai ficar pra sempre na memória de todos que comparecerem; então já podemos começar a pensar nos preparativos e também na lista de convidados, temos muitos amigos importantes, que não podemos esquecer deles.
Antonio - Uma coisa que está me preocupando muito, e que ainda vamos ter problemas, é na escolha de nossos substitutos.
Dolores - Porque você não convida um casal que faz parte do quarteto da justiça, pelo que sei eles são pessoas de alto nível em relação a justiça.
Vinícius - Bem pensado; existe um casal dedicado nesta área, e são de total confiança, o currículo do casal, não deixa nada que possa comprometê-los, e são muito requisitados, se eles aceitarem o convite, vamos poder curtir nossas férias sem nenhuma preocupação; porém vamos ter que levar a proposta para o Major e esperar dele a aprovação. 
Dolores - Pelo pouco que conheço deste quarteto, já dá pra eu saber de quem se trata; você está se referindo ao Profeta e a Dra Ariana, acertei?
Vinícius - São eles mesmos, você precisa conhecer a história deles; o Profeta foi um dos bandidos mais astuto na criminalidade; é de uma inteligência fora do comum; se regenerou por causa do amor a Ariana, e hoje ele é um dos mais importantes do grupo em defesa da sociedade. 
Dolores - Não vejo à hora de receber o memorando nos dispensando para estas férias tão esperada.
Vinícius - Veja bem!. Mesmo saindo este bendito memorando, não podemos sair assim de uma hora pra outra; por muito que adiante a autorização de nossa saída, não podemos sair sem deixar nossos substitutos preparados para tanta responsabilidade, e isto vai nos tomar alguns dias, por isso quanto mais depressa entrar em contato com eles, mais depressa esse impasse será resolvido; vou ligar para o Profeta e pedir que ele venha com sua esposa a almoçar conosco, assim eles tomam pé da situação, isto se ele aceitar o desafio.
Dolores - Não podemos esquecer que eles estão muito envolvidos com o nascimento de seu primeiro filho.
Vinícius - Xiii é mesmo, mas vou ligar assim mesmo, afinal é sempre um prazer manter relações de amizades com pessoas assim como eles.
(Ao telefone.)
Vinícius – Olá Profeta,
Profeta - *Vê na tela de seu celular o nome de Vinícius*
Oi, meu amigo já faz um bom tempo que agente não se fala, a que devo a honra desta chamada?
Vinícius - Tenho um assunto muito importante a lhe falar, porém gostaria que fosse pessoalmente, será que dá pra você mais a sua esposa vir até aqui em casa; venha almoçar conosco, e assim vamos ter a oportunidade de conversar tudo o que precisamos.
Profeta - Não dá pra você me adiantar do que se trata?
Vinicius - É que eu tenho uma proposta a lhe fazer, venha almoçar conosco assim vamos poder discutir o assunto com mais liberdade; assim, olho, no olho.
Profeta - Você está me matando de curiosidade, pra que dia você quer este encontro.
Vinícius - O assunto tem certa urgência; de preferência mais depressa possível, fica a seu critério, converse com sua esposa e me dê retorno por favor.
Profeta – Ok, vou falar com ela e logo te ligo.

Vinícius - Estarei ansioso a sua espera, então até mais!...
*Mais tarde o celular de Vinícius toca*
Profeta -  Oi, Vinícius, no próximo sábado, está bom pra você
Vinícius - Ótimo estarei a sua espera 
 *A semana passa e logo chega o sábado, e na hora marcada a campainha do interfone toca, era o porteiro anunciando a chegada de Profeta e sua esposa*
Porteiro - Senhor Vinícius, tem um casal aqui na portaria, dizendo que veio visitá-lo, posso manda subir?
Vinícius - Claro, claro, estou aguardando esta visita.
*Minutos depois a campanhinha do apartamento toca*
Sejam muito bem-vindo em meu lar meu amigo, prazer em conhecê-la senhora Ariana, fiquem a vontade, como se a casa fosse suas
*Dolores e Ariana se retiram pra outra dependência do apartamento, enquanto Vinícius e profeta conversam animadamente*
Dolores - Que honra pra nós a presença de vocês em nossa casa, que linda menina, como é o nome dela?
Ariana - Ela tem o nome de minha avó, já falecida, se chama Helena.
Dolores - Belo nome, ela é uma gracinha, que Deus a abençoe; o Vinícius fala de vocês com tanta simpatia, que fiquei curiosa em conhecer vocês.
Ariana - Nós formamos um casal muito abençoado, fomos feitos um para o outro.
Dolores - Eu mais o Vinícius também nos entendemos muito bem, quando veja uma criança linda como a sua, me dá vontade de ter a minha também, mas, a minha responsabilidade lá no batalhão, não me deixa realizar este sonho, mas, não vou desistir.
*Na sala, Vinícius faz a proposta para o Profeta, e ele aceita, agora era entrar em contato com o Major Nikolay, e confirmar as suas férias*
 Profeta - Quando você quer que eu venha assumir o comando?
Vinícius - Tão logo o Major decidir, eu te telefono.
*Tudo combinado e acertado, agora é aguardar a resposta do Major Nikolay*
*Alguns dias depois, O Major responde*
Major Nikolay, por E-mail - Olá meu amigo, estudamos seu pedido, e em vista do seu bom desempenho, resolvemos presentear o casal, com 30 dias de folga, bem sabemos que poderá complicar ou acumular serviços, mas, precisamos atualizar as férias de todo o comando, vamos ter que conseguir alguém para substituí-lo. Portanto a partir de hoje vocês estão liberados, faça bom proveito desses dias.
Vinícius - Obrigado Major, ficarei a sua disposição para alguma emergência, a solução para o problema de substituição, já tomei minhas providências, convidei um casal de amigos, que fazem parte do quarteto da justiça, ele é pessoa responsável e de muito talento. Mas isto se houver a sua aprovação.
Major - O que você decidir, já me adianta, faça o que achar conveniente.
*Tudo acertado*
*O casamento foi realizado com toda pompa, tal como o desejo de Dolores, suas férias então, ficou em suas memórias, para serem comemoradas e lembradas pelo resto de suas vidas, e a felicidade do casal era de dar inveja a qualquer um e servia de estímulo para novos casais*  FIM

                              Palavras de amor para encher seu coração

Você é a resposta para todas as minhas orações. Você é uma canção, um sonho, um murmúrio, e não sei como consegui viver sem você durante tanto tempo. Eu amo você, mais do que você possa imaginar. Você é a razão de minha alegria, Sempre te amei e sempre vou te amar.
Queria ser os seus pensamentos, os seus desejos, o seu querer... Eu queria penetrar no teu sono, vivenciar os seus sonhos e acordar no seu mais profundo infinito... 
Queria te amparar como uma mão estendida, e assim, fazer de seus sonhos e de seus desejos a mais sublime e intensa realidade...
Saudade... Doce palavra escrita nas linhas traçadas de um poeta
Saudade companhia onde se sente a ausência... Lembrança do que se foi, mas continua em nossa memória e no coração... Saudade pode trazer o sorriso ou o rolar das lagrimas...
Saudade carrega tantos sentimentos... Lindos ou triste nos fazem entender que existem pessoas ou momentos que nunca queremos esquecer... Saudade é a vontade de repetir o que um dia lhe fez feliz...
Saudade doce ou não sempre nos faz sentir certa emoção ou o chorar do coração....
Ah saudade!
Quer com sensibilidade, amor ou amizade encantar e alegrar o coração de uma mulher?
Ofereça-lhe... Uma flor, uma rosa ou um jardim completo.
E depois olhe em seus olhos, verá o brilho de felicidade a transbordar, um iluminar que vem da alma uma expressão de amor
  
Tente ver, pois saiba, toda flor ou rosa ofertada, carrega consigo o símbolo do amor
O despertar do amor, é como um doce sonhar
É o brilho dos raios do sol, que aflora no olhar
É o coração que vibra de alegria
É a esperança de renascer todos os dias
É o acreditar dos sonhos a se realizar, em uma real eternidade  de amar
O despertar do amor, é fortalecer a alma
É dar sentido a vida e o viver
Quero afundar no teu olhar,
Quero sentir o sabor da tua boca, sentir o que eu sempre quis,
Quero saber mais sobre você, quero navegar nos teus sonhos,
Quero acreditar no verdadeiro amor,
Quero sentir meu coração respirar novamente,
Quero ter você só para mim,
Quero sentir o cheiro do teu perfume,
Quero sussurrar em seu ouvido, e dizer o quanto você é importante pra mim                      Quero olhar para você e sorrir,
Quero contar meus segredos e compartilhar minha vida com você,
Quero tocar na tua pele e encontrar teu brilho,
Quero viver com você para sempre. . . .
Me envolvo em teus beijos, que me aquecem
A cada beijo teu aumenta meu desejo, meu amor
Neles tu desvendas os meus segredos, o meu ser
Provocas em mim arrepios de prazer
Teus beijos, o tocar de teus lábios, me faz arder em brasas
Tem o sabor de sedução, sabor de pecado..
ardente, quente, envolvente, atraente
Seus beijos quero sentir e te possuir. Beija-me! Com toda paixão de seu ser.
Ás vezes criamos ferida em nosso coração, talvez porque colocamos expectativas demasiada em pessoas e sentimentos, por promessas nunca cumpridas, e que te impedi de se entregar a um novo amor, pois está sobre nuvens carregadas de lembranças do passado ressentidas no teu presente que ainda machuca no seu peito e doe. 
Mas uma coisa que você não aprendeu ainda é que a nossa historia é escrita por Deus, e que quando aceitamos isso não conduzimos as nossas vidas deixamos que ele faça isso por nós .
A vida não é fácil, todos passamos por lições devido a nossas próprias escolhas, nunca culpe alguém por tuas frustrações ou enganos, estamos aqui para aprender amar e viver..
E cada momento vivido é sua historia de lutas e conquistas, quedas, ilusões, alegrias, tristezas entre tantas outras coisas...
E nada é por acaso, tudo nesta vida tem um propósito se deixarmos Deus fazer parte de nossas vidas, o que achávamos ser impossível Ele nos ajuda a resolver com facilidade.
 Se o amor bater a tua porta deixa-o entrar, ele talvez não seja a cura, mas é um presente de Deus.
A vida é uma dádiva aprenda a recebê-la com amor 

Uma paixão dura dois meses, um amor dois anos, mas um grande amor, um amor verdadeiro dura para sempre.

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""IDE E PREGAI" -- PARTE - 177

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