Capítulo -- 30
Paulinho -- Não papai, não se esqueça que ele está
sendo vigiado, e qualquer novidade será logo transmitida ao centro de
segurança, que tão logo se mobilizará até ao local onde ele estiver aí então
ele será trazido e julgado e lógico condenado ao fuzilamento.
Sr.Paulo -- Você pode tirar estas idéias malucas da
cabeça, porque mesmo que fosse essa a solução, o governo jamais adotaria tal
medida, simplesmente porque estariam condenando até seus próprios filhos a
serem executados.
Cláudio -- Neste seu raciocínio, qual a vantagem que
traria para a sociedade?
Paulinho -- Imagine a despesa que os presidiários
trás para a nação, o que a nação gasta com o presidiário daria para construir
muitas escolas, muitos hospitais, as nossas estradas seriam de primeira
qualidade, em fim a nossa vida melhoraria em tudo.
Edson -- Apesar de sua pouca idade, você sabe das
coisas, e é por isto que lá na escola te chamam de o menino prodígio.
Paulinho -- Eu não sou nenhum menino prodígio, só
que eu gosto de estudar, ler e acompanhar os acontecimentos.
E mediante o que temos visto e ouvido de tantos
abusos contra a vida, nos dá a liberdade de raciocinar à procura de soluções,
que bem sabemos que existem, porém fazem questão de ignorá-las, parece até que
lucram com o sistema fajuto da justiça.
Pois se acabarem com os prisioneiros, vão lhes tirar
a mordomia da corrupção, e não terão como lavar os seus dinheiros sujos.
Sr.Paulo -- Agora você está extrapolando, cuidado
com estes seus raciocínios, que isto fique só aqui pra nós.
Cláudio -- Infelizmente papai está com a razão,
apesar de sermos um país democrático, temos que medir o que falamos, porque nem
todos aceitam andar dignamente.
Paulinho -- Mas se ninguém tomar uma atitude vamos
continuar sendo escravos da corrupção e da bandidagem.
------ EJO ------ Continua
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