Capítulo -- 32
O tempo passa e Roberval sem dar as caras.
Sempre quando se comunicava com a família, falava de
celular, e nunca repetia o mesmo aparelho, cada um com um registro diferente,
mesmo porque também eram de donos diferentes, roubados de transeuntes da cidade
pelos seus aliados.
E tendo o cuidado para não deixar nada que pudesse
localizá-lo saindo da fazenda para não correr o risco de ser rastreado através
do telefone, e imediatamente fugia do local.
Estava bem escondido em uma das fazendas do tal
deputado corrupto, que nunca se via a sua cara e muito menos certeza de seu
legitimo nome.
Estava voltando de um desses telefonemas, quando foi
interpelado pelo encarregado da fazenda.
Encarregado -- Senhor Roberval tenho ordens para tratá-lo
com certa regalia, mas o senhor não pode se ausentar da fazenda sem nos dar
satisfações, porque não podemos por em risco a integridade do deputado.
Roberval -- Você não precisa se preocupar, pois sei
muito bem o que estou fazendo, e sei me defender muito bem, sem complicar a
vida do outro.
Encarregado -- É, mas todo cuidado é pouco, venha
ele quer falar contigo!
Roberval -- Ele está aqui na fazenda? Até que em fim
vou conhecê-lo?
Encarregado -- (Fala ríspido) Não posso te garantir
nada!...
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Entram em uma grande sala, onde havia muitas mesas e
muitas cadeiras, indicando que o local era reservado para festas e tinha também
um televisor de tela bem grande; desses modernos.
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Encarregado -- O senhor pode ficar a vontade, se
quiser tomar café, água ou alguma bebida, está tudo aqui a sua disposição, eu
vou sair, como de praxe não ouvir o que o deputado tem a dizer para que amanhã
ou depois eu não ter nada pra dizer porque não ouvi, nada sacou!... (sai)
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Depois de uma longa espera, e de vários cafezinhos,
a televisão é ligada automaticamente, deixando o assustado, o deputado aparece,
só que a imagem estava totalmente distorcida e sua voz modificada.
Deputado -- Bom dia Roberval, você está sendo bem
tratado?
Roberval -- Bem até demais, afinal, pensei que ia te
conhecer agora!
Deputado -- Melhor, não, pra minha segurança e a
sua.
Roberval -- Então pra que esta reunião?
Deputado -- Quero que você reúna seus homens, para
procurar um certo camarada que está nos investigando, se ele chegar até nós,
todos nós estaremos em apuros, vamos almoçá-lo antes que ele nos jante.
Roberval -- Mas deputado, o senhor sabe que meus
homens de confiança estão presos, e com eles até meu próprio filho, que foi
baleado quase que em minha presença sem que eu pudesse fazer nada por ele.
Deputado -- Sei perfeitamente de tudo isto, mas seu
filho já se recuperou, e em menos de vinte e quatro horas vão estar soltos, já
estou mexendo com meus pauzinhos pra resolver este assunto.
Roberval -- Fico feliz em saber que meu filho está
bom, e se ele vai se livrar da prisão, melhor ainda.
Deputado -- Mas, não se esqueça de que isto é uma
divida a ser paga, e você sabe como.
---- EJO ----- Continua
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