Capítulo 42
A Viagem de Marcio de volta pra casa estava sendo
muito problemática, em vista de suas condições físicas, pois não conseguia se
alimentar direito, e estava adoecendo.
Já havia andado a pé um bom pedaço de terra, mas
chegou uma hora que suas resistências já estavam minando de seu corpo e
resolveu aproximar de uma casa nas redondezas; apesar de seu estado de miséria,
foi recebido, pela bondade de seus moradores:
Expõe a sua situação, e compadeceram dele dando lhe
de comer, não tendo como pagar pela comida e pela hospedagem, se ofereceu para
fazer pequenos serviços, pelo menos até ganhar mais forças para prosseguir viagem.
Não negaram seu pedido, mas eles também não tinham
muito que oferecer, pois o dono da casa era pobre e trabalhava em uma pocilga
na região.
Mas, ofereceu para apresentá-lo ao proprietário que
o admitiu de imediato, uma vez que para aquele tipo de serviço a mão de obra
era escassa, ninguém queria prestar a esse tipo de serviço, e estava realmente
precisando desta mão de obra, sua necessidade de sobrevivência era tão grande
que teve momentos que teve de se alimentar até mesmo da própria comida dos
porcos.
Depois de alguns dias de trabalho, conseguiu o que
precisava, e com o pouco que ganhou ali; já deu para pagar a sua alimentação e
até mesmo para pagar passagem de um bom trecho de sua viagem em ônibus, e
sempre de cabeça baixa para não ser reconhecido, mas, ainda estava longe de
casa.
Agora era conseguir um jeito de embarcar no navio
cargueiro que estava prestes a zarpar com destino ao seu País de origem.
Tinha que negociar com o comandante e passar pela
humilhação de explicar sua situação.
E depois de dizer de quem era filho, foi aceito de
imediato, pois o senhor Dinho era conhecido em toda parte, pelo status de sua
personalidade.
No período que trabalhou na pocilga, deu pra comprar
pelo menos uma muda de roupa daquelas mais baratas.
Podendo assim se apresentar um pouco melhor no meio
das pessoas e já não estava tão mal cheiroso.
O percurso da viagem duraria cerca de dezessete
dias, sendo que aquele dia era trinta e um de novembro, considerando a
possibilidade de algum atraso na viagem, fez as contas; e pensou!... Se tudo
der certo devo chegar em casa próximo ao natal.
---- EJO ---- Continua
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