Capítulo -- 72
Sargento
-- O que está feito, está feito e não adianta fugir da realidade, agora é cada
um por si.
De minha parte vou montar uma loja em outra cidade,
com outro nome, com minhas contabilidades dentro da lei, vou deixar os carros
ilegais em deposito, e vou esquecê-los por um bom tempo depois vou soltando de
um a um.
Presidente -- Boa idéia sargento, também acho que
vou embarcar nessa, mas essa remessa que está chegando ainda temos compromissos
com ela.
Sargento -- Naturalmente; só que vai exigir um
depósito um pouco maior, e os nossos fornecedores terão que esperar um pouco
até a poeira abaixar.
Moisés -- Isto não vai afetar muito o comercio
deles, pois não somos os seus únicos fregueses.
Eles têm representantes em toda parte do mundo.
Presidente -- Sargento, você está com a relação dos
carros?
Sargento -- (Tira do bolso um bloquinho de
anotações)
Temos de ser muito discretos em vista desta
situação, isto não pode vazar de jeito nenhum.
Presidente -- Discrição é o ponto forte de todos
nós, temos dado prova disto (Olhando o bloquinho) além dos carros; já estão até
definidos os homens que irão conduzi-los cada um aos seus destinos.
Quando os seus homens pegarem os carros deverão sair
de dois em dois, e deverão sempre manter uma certa distância um do outro e
nunca dar a entender que se conhecem e nunca jamais se aglomerarem para não
levantar nenhuma suspeita.
Os carros serão liberados de dois em dois num
intervalo de quinze minutos, pra não correr o risco de serem apanhados pela
Policia rodoviária.
Sargento -- Quanto a isto senhor presidente, o
senhor pode ficar completamente tranqüilo, pois meus homens são bem treinados,
eles saberão se defender caso sejam abordados.
Isac -- É, mas nem todos são de confiança.
Sargento – Entendi o que você quis dizer, vou ficar
de olho nesta operação para nada dar errado, mas amanhã mesmo vou ter uma
reunião com eles.
Moisés -- Sargento o senhor tem uma previsão da
chegada dos carros?
----- EJO ----- Continua
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