Capítulo -- 84
Vinicius -- Vamos deixar uma coisa bem clara, sou
muito sistemático em meu local de trabalho, e não gosto de falar de minha vida
particular, isto não faz parte do acordo em trabalhar aqui.
Coronel -- Calma, calma, não quis ofender, só estou
tentando manter o diálogo entre nós.
------
Depois de muito conversar, Vinicius já estava
perdendo a paciência e sempre se esquivando das perguntas inconvenientes, até
que o Coronel se mancou e saiu para sua sala, deixando Vinicius em paz, passou
o dia sem maiores contratempos.
Lá pelas seis horas da tarde o Coronel volta.
-----
Coronel --
Aqui, como você deve saber, temos horário de funcionamento, e a maioria dos
guardas já saíram paras ruas, portanto não temos nada a fazer aqui.
Vinicius -- Fiz um compromisso com o Major Nikolai,
de prestar a ele um relatório todos os dias às oito da noite quando ele está disponível
e diante de seu computador, portanto se o senhor quiser ir o senhor pode ir, é
só me deixar às chaves que fecharei tudo na hora que eu sair.
Aliás, ele me mandou que providenciasse cópias de
todas as chaves de todos os departamentos, e me deu carta branca pra eu entrar
e sair em qualquer setor de qualquer departamento, na hora que eu julgasse necessário.
Coronel -- (Se irrita) O Que o Major Nikolai pensa
que somos?
Vinicius -- Isto eu não sei dizer, ligue pra ele, e
faça as perguntas pra ter as respostas diretamente dele, eu não posso fazer nada.
-----
Fulo da vida, soltando labaredas pelas narinas, e
com muita má vontade entrega as chaves a Vinicius.
------
Depois de todo relatório pronto, Vinicius entra no
site do Major Nikolai e passa todas as informações e ocorrências do dia, depois
de um longo bate papo, acabou por esquecer das horas, trazendo preocupações
para Dolores.
-------
Mais tarde já em casa
--------
Dolores -- Pensei que não viria mais hoje pra casa,
o que aconteceu pra demorar tanto assim?
Vinicius -- É meu amor, vejo que vou ter muitos
problemas na Corporação, vamos amanhã para a fazenda, preciso saber como se
sairá lidando com esses marginais fardados.
Dolores -- Mas, você não tem que se apresentar cedo?
Vinicius -- Sim, mas depois eu saio à hora que eu quiser
ninguém precisa saber aonde vamos ou que vamos fazer.
Dolores -- Pelo visto, vamos ter que apelar pelas
armas.
Vinicius -- Alto lá mocinha nós não, eu! Primeiro preciso saber de suas habilidades,
depois vamos ver o que se pode fazer.
Dolores -- Você ficou satisfeito com seu dia de
trabalho?
Vinicius -- O ninho de ratos, é muito grande, por
isso disse a você que vamos ter problemas na Corporação.
Enquanto você prepara o nosso jantar vou tomar meu
banho, depois vamos lá ao esconderijo secreto, fazer as cópias das chaves, lá
eu tenho todo tipo de chave virgem e também todas as ferramentas necessárias,
para fazer qualquer tipo de chave.
------
Depois do banho,
já assentado à mesa a conversa continua, enquanto é servido o jantar.
------
Dolores -- Mas, onde Fica este esconderijo?
Vinícius -- Em um bairro pobre da cidade, ninguém
pode imaginar que ali tem um esconderijo da mais alta segurança.
Dolores -- Mas, pra construir foi preciso contratar
mão de obra, portanto não é somente você que sabe da sua existência.
Vinicius -- Na região tem muitos galpões, que são
construídos por empreiteiras, compramos um destes galpões; e a construção do
esconderijo foi feito com técnicos enviados diretamente da CCCO da Matriz, com
toda tecnologia, ninguém daqui sabe que ele existe.
O pátio do galpão é completamente tomado por sucatas,
de carros velhos, principalmente, carros batidos no trânsito, e propositalmente
deixamos que o mato tomasse conta, o muro é alto e se alguém se meter a besta
de em escalá-lo, vai se deparar com uma cerca elétrica de alta voltagem, e o
portão só se abre com controle remoto.
Dolores -- Mas, pra que isto tudo?
---- EJO ----- Continua
No comments:
Post a Comment