Capítulo -- 77
Dia seguinte no hospital.
Vinicius -- Vejo que o pastor não está tão mal como
me informaram, e isso me alegra muito, não sabe como me preocupei com noticia,
o povo da comunidade não sabe viver sem seus conselhos.
Pastor -- Não te passaram noticias erradas não,
realmente pensei estar chegando a minha hora, mas tudo está nas mãos de Deus,
ele tem um propósito para cada situação em nossas vidas.
Por isso, já estou bom e estou de alta, foi até bom
que vocês vieram me visitar, assim vocês me levam pra casa.
Dolores -- Pra nós é sempre um grande prazer em
poder fazer alguma coisa para o nosso querido pastor.
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Mais tarde, na comunidade, casa de apoio as mulheres
do Bairro.
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D.Gláucia -- Entrem, entre, seu quarto está a sua
espera.
Pastor
Agnaldo -- Eu não quero dar trabalhos pra vocês, só passei aqui pra ver como
estão as coisas, aproveitando a carona de Vinicius que vinha pra cá.
D.Gláucia -- Não pastor, aqui poderemos fazer muito
mais, afinal o senhor está se convalescendo de um broblema muito sério, quando
o senhor estiver totalmente restabelecido, aí sim o senhor poderá tomar frente
de todas as suas atividades.
Pastor -- Tudo bem, mas depois eu quero ir lá na igreja,
matar minha saudade, e agradecer a meu Deus, por ter me poupado mais esta vez.
D.Gláucia
-- Vamos com calma, depois nós mulheres fazemos questão de ir com o senhor,
participar deste momento de oração e gratidão.
Vinicius -- Mas não vão abrir uma exceção pra mim?
D.Gláucia -- Naturalmente, o senhor não é convidado,
mas convocado, afinal de contas se não fosse pelo senhor, não estaríamos aqui
neste momento.
Pastor -- Estou ansioso pra saber noticias do
Ricardo e Raquel, como estão eles?
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O semblante de D.Gláucia se entristeceu em ter que
dar noticias de Ricardo.
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D.Gláucia -- Nos primeiros dias de sua liberdade
condicional parecia ter mudado de vida, dava gosto ver a sua animação, falava
até em se batizar.
Não sei o que aconteceu, pois de uma hora pra outra
tudo mudou, caiu em depressão e só vive falando que não merece viver.
Dolores -- E a Raquel, como está se comportando
diante da situação?
D.Gláucia -- A Raquel é de uma paciência sem
limites, passa o tempo todo tentando reanimá-lo, mas, ele ignora tudo que ela
faz por ele, ainda fica desmerecendo e acusando-a de traição, ele tem ciúmes
até de sua sombra.
A dona Joana nossa empregada de muitos anos, vem
tentando ajudar em sua recuperação, mas está sendo tudo em vão.
Imagine que, dias atrás ela descobriu um revolver lá
no quarto de hospede, um quarto que fica um pouco retirado dos demais cômodos
da casa.
Onde Ricardo gosta de ficar isolado quando está com
depressão.
Ela se incomodou com aquilo e passou a vigiar o
comportamento dele.
----- EJO ------ Continua
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