Ato 13
(abre a cortina,
faixa algum tempo depois – cenas na aldeia, -- um grupo de soldados irritados
e, nervosos movimentam a cena; entre eles se destaca um que se diz chefe; o
comandante de todos, com um pergaminho nas mãos).
COMANDANTE
-- Vida longa ao rei Herodes…
TODOS
-- Viva! Viva!
COMANDANTE
-- (lendo o pergaminho) Vossa majestade
o rei Herodes, decretou, que por traição, as suas leis, hão de morrer todos os
traidores, e todas as crianças abaixo de dois anos de idade; porque para este
povo só existe um Rei, (pausa) Sua
Majestade o Rei Herodes.
TODOS -- Que morram todos… Que morram todos!…
COMANDANTE
-- Então cumpram as ordens do rei!... (de
um a um saem os soldados, como se obedecendo a ordem; logo em seguida ouvem-se
gritos de pavor e lamentações de mulheres e crianças.)
RAQUEL
-- (entra em cena, suja com sangue, e implora ao comandante a deixar as
crianças em paz)… Eu imploro meu senhor, não faça mais mal as nossas crianças,
faça o que quiserdes comigo, mas deixe nossas crianças em paz.
COMANDANTE
-- Não adianta lamuriar, estamos cumprindo ordens do rei, e também não precisamos
de um novo rei por aqui.
E além do mais o rei está muito revoltado,
porque foi enganado; a ordem é não deixar nenhuma criança, abaixo de dois anos
viva, assim ele acha que seu rival também morrerá.
RAQUEL
-- (chorando inconformada, insiste)…
Que mal o rei pode esperar de crianças indefesas, o rei e todos os que obedecem a uma
ordem como esta, não passam... De covardes.
COMANDANTE
-- Afaste-se daqui, mulher, já estou perdendo a paciência contigo, você está
atrapalhando o meu trabalho (empurra-a,
ela cai, mas não se cala)
RAQUEL
-- Covarde!... Covardes!... Vocês vão ter que acertar contas com o Senhor nosso
Deus. (ainda caída no chão, ela continua
a lamentação, erguendo as mãos para os céus, implorando em nome de Deus.)
---- EJO ---- Continua
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