Capítulo -- 04
--- Passado
alguns dias, o Coronel reúne seus homens para fazer uma visitinha na fazenda,
só para deixar nervosos os moradores da casa. ---
Delegado -
O Coronel quer que entremos em ação?
Coronel -- Não! ... Calma, por enquanto não, só estou querendo é
impressioná-los, deixem os, trabalharem com calma, no final isto tudo vai ser
meu mesmo, vamos dar uma olhadinha em seus paióis, pra gente ver o que se pode
fazer.
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Já na
fazenda
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Senhor Zeca
- O senhor Coronel está precisando alguma coisa?
Coronel -
Não, só vim ver como estão às coisas, já conseguiu armazenar muito cereais?
Pelo visto as coisas aqui estão indo a todo vapor.
Senhor Zeca
- O senhor veio constatar se vou ter condições de saldar meu débito com o
governo; pois fique sabendo que já tenho em estoque do cereais para cobrir toda
minha divida com o governo, agora é só o tempo de apurar todo o dinheiro para
saldar este compromisso, o senhor pode ficar sossegado que na data certa
estarei lá pra fazer o pagamento, tal como combinamos.
Coronel -
Não se zangue senhor Zeca, o senhor está nervoso com nossa presença, mas não se
preocupe que já estamos indo embora.
Só passamos
para dar um bom dia pro senhor; é que tínhamos ido fazer uma diligencia na
fazenda Boa Esperança, aqui em seu visinho e resolvemos dar uma paradinha por aqui.
Mas já está
tudo certo e nós já estamos indo embora, fique sossegado, pode trabalhar em paz
que ninguém vai incomodá-lo; vamos rapazes!...
Senhor Zeca
- (falando sozinho) Este Coronel acha que está lidando com um idiota, mas não
vou na conversa dele não, só que preciso estar bem atento porque ele é capaz de
tudo, não se pode confiar nem um pouco nele!... (é interrompido por D.
Gertrude)
D.Gertrude
- Falando sozinho Izé? Assim ocê acaba ficando dismiolado, óia Izé ocê pricisa
tumá muito cuidado cum este home, num gosto nem de ta pensando nu qui pode
acuntece, e num tô gostano nem um pouco deste tar Coroner.
Senhor Zeca
- Não vejo a hora de acabar de vez, com esta situação, já não estou nem
conseguindo dormir direito, só pensando nisto.
D.Zulmira –
Sinhá Gertrude, venha mais o sinhô Zeca, o armoço já tá na mesa: vô pidí a
Dasdô pra mod ficá aqui si caso vois me seis, pricisá de arguma coisa; enconto
isso vou no manjocar pegá arguma manjoca , e passá na orta e pagá argumas fois
pra mode adiantá a janta
*A Família
almoça na mais completa harmonia, sem ao menos pensar no que estava por vir.*
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Enquanto
isto na delegacia
Delegado -
A ordem do patrão é colocar fogo em todos os paióis, pois se ele perde a safra,
não vai ter como pagar a divida.
E aí você
sabe né! (todos acham graça da maldade e soltam aquela gargalhada)
Adalberto -
(o escrivão)... É! Mas as coisas têm que ser muito bem feita para não levantar nenhuma
suspeita.
Por isto
temos que traçar um plano para não haver falhas, cada um dos soldados vai levar
um galão de cinco litros de querosene.
E tudo tem
que acontecer de madrugada no mais completo silêncio quando estiverem dormindo,
fazer o mínimo de barulho e nem um pio, pois se alguém ouvir alguma voz, agente
pode ser identificado com facilidade.
E para os
nossos planos continuar em outras fazendas, não podemos ser pegos em falhas
idiotas, e por via das dúvidas é bom que todos estejam com lenço no rosto, pra
não ser reconhecido caso apareça alguém.
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Nisto o
Coronel acaba de chegar...
------ EJO ---------- Continua
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