Thursday, December 11, 2014

O PREÇO DA GANÂNCIA -- CAPÍTULO -- 04

Capítulo  --  04

--- Passado alguns dias, o Coronel reúne seus homens para fazer uma visitinha na fazenda, só para deixar nervosos os moradores da casa. ---

Delegado - O Coronel quer que entremos em ação?

Coronel -- Não! ... Calma, por enquanto não, só estou querendo é impressioná-los, deixem os, trabalharem com calma, no final isto tudo vai ser meu mesmo, vamos dar uma olhadinha em seus paióis, pra gente ver o que se pode fazer.
---------

Já na fazenda
---------
Senhor Zeca - O senhor Coronel está precisando alguma coisa?

Coronel - Não, só vim ver como estão às coisas, já conseguiu armazenar muito cereais? Pelo visto as coisas aqui estão indo a todo vapor.

Senhor Zeca - O senhor veio constatar se vou ter condições de saldar meu débito com o governo; pois fique sabendo que já tenho em estoque do cereais para cobrir toda minha divida com o governo, agora é só o tempo de apurar todo o dinheiro para saldar este compromisso, o senhor pode ficar sossegado que na data certa estarei lá pra fazer o pagamento, tal como combinamos.

Coronel - Não se zangue senhor Zeca, o senhor está nervoso com nossa presença, mas não se preocupe que já estamos indo embora.
Só passamos para dar um bom dia pro senhor; é que tínhamos ido fazer uma diligencia na fazenda Boa Esperança, aqui em seu visinho e resolvemos dar uma paradinha por aqui.
Mas já está tudo certo e nós já estamos indo embora, fique sossegado, pode trabalhar em paz que ninguém vai incomodá-lo; vamos rapazes!...

Senhor Zeca - (falando sozinho) Este Coronel acha que está lidando com um idiota, mas não vou na conversa dele não, só que preciso estar bem atento porque ele é capaz de tudo, não se pode confiar nem um pouco nele!... (é interrompido por D. Gertrude)

D.Gertrude - Falando sozinho Izé? Assim ocê acaba ficando dismiolado, óia Izé ocê pricisa tumá muito cuidado cum este home, num gosto nem de ta pensando nu qui pode acuntece, e num tô gostano nem um pouco deste tar Coroner.

Senhor Zeca - Não vejo a hora de acabar de vez, com esta situação, já não estou nem conseguindo dormir direito, só pensando nisto.

D.Zulmira – Sinhá Gertrude, venha mais o sinhô Zeca, o armoço já tá na mesa: vô pidí a Dasdô pra mod ficá aqui si caso vois me seis, pricisá de arguma coisa; enconto isso vou no manjocar pegá arguma manjoca , e passá na orta e pagá argumas fois pra mode adiantá  a janta

*A Família almoça na mais completa harmonia, sem ao menos pensar no que estava por vir.*
--------
Enquanto isto na delegacia

Delegado - A ordem do patrão é colocar fogo em todos os paióis, pois se ele perde a safra, não vai ter como pagar a divida.
E aí você sabe né! (todos acham graça da maldade e soltam aquela gargalhada)

Adalberto - (o escrivão)... É! Mas as coisas têm que ser muito bem feita para não levantar nenhuma suspeita.
Por isto temos que traçar um plano para não haver falhas, cada um dos soldados vai levar um galão de cinco litros de querosene.
E tudo tem que acontecer de madrugada no mais completo silêncio quando estiverem dormindo, fazer o mínimo de barulho e nem um pio, pois se alguém ouvir alguma voz, agente pode ser identificado com facilidade.
E para os nossos planos continuar em outras fazendas, não podemos ser pegos em falhas idiotas, e por via das dúvidas é bom que todos estejam com lenço no rosto, pra não ser reconhecido caso apareça alguém.
--------

Nisto o Coronel acaba de chegar...

                                                            ------ EJO ---------- Continua



                                       

No comments:

""IDE E PREGAI" -- PARTE - 177

Muitos pregam aquilo que não vivem; prega a honestidade, mas vive em tapear seu próximo. Pregam para que não roubem, mas em sua casa tem g...