Friday, December 19, 2014

O PREÇO DA GANÂNCIA--CAPÍTULO-10


Capítulo -- 10

Logo depois na sede da fazenda.

Mediante o que Zequinha constatou em suas investigações, foi imediatamente ao comando do batalhão e com ele vieram muitos soldados, porém estavam todos camuflados e escondidos em uma das casas afastada que morava um dos agregados da fazenda que havia se mudado para cidade e ninguém sabia de suas existências nos arredores da fazenda.
Tão logo os farsantes chegaram, foi enviado um mensageiro aos soldados, e pé por pé ou se arrastando cegaram bem próximo ao local e ficaram aguardando o sinal de Zequinha.
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Zequinha - O que os senhores desejam?

Delegado Feitosa - Nós estamos querendo falar com o senhor Zeca.

Adalberto - (o escrivão)... É!... Nós temos negócios com Ele, ele assinou o pedido de transferência da fazenda, agora precisamos que ele assine as escrituras.

Zequinha - Como assim transferência!... Não estou sabendo de nada.

Coronel - É que há dias atrás o senhor Zeca hipotecou a fazenda, e não apareceu para fazer o resgate, e a fazenda foi vendida pra outro.

Zequinha - Por favor, deixe-me ver estes papeis, (O Coronel não podia imaginar o tamanho da surpresa que estava lhe esperando)

Coronel - Pra quê você não entende nada de leis.

Zequinha - O meu pai está impossibilitado de responder por qualquer assunto e eu estou na direção da casa neste momento, por tanto quem tem de resolver este negócio sou eu, dê-me estes papais pra eu ver.

Coronel - (Já sofrendo os primeiros impactos) Mas, é você que vai assinar?

Zequinha – Sim, se tudo estiver de acordo com a lei, (pega os papeis e analisa um por um minuciosamente, e devolve-os para o Coronel e diz)... O senhor pode protestar estes papeis, a lei me favorece recorrer.

Coronel - Mas a lei aqui sou eu, e o senhor vai assinar sim. (naquele momento estavam somente os trêis, mesmo porque o comprador não ia participar de uma briga que não era dele).
(E logo que os soldados receberam o sinal; de cada canto da fazenda, saiu um empregado, mais os seus colegas de batalhão com arma na mão)

Coronel - Mas, o que é isto, vocês vão se arrepender amargamente.

Zequinha - Imagino que o senhor não deve saber com quem está lidando, pois não; vou mostrar pro senhor os meus documentos, Sou Capitão da guarda nacional, e se acontecer qualquer probleminha, por menor que seja, com qualquer um de nossa família, o exercito vai buscar a vocês todos, onde estiverem.
Se meu pai não tivesse me ligado, a estas horas os senhores já teriam colocado todos na rua da amargura. Não é mesmo?
Estes papeis não servem nem para levar ao banheiro, pois são ásperos e falsos.

Coronel - (Se vendo encurralado e sem poder fazer nada)... Tudo bem, tudo bem, não precisa se exaltar vamos pessoal, depois agente resolve isto.

Ao virar as costas e saindo apressado.

Os empregados da fazenda, mais os soldados, todos ao mesmo tempo, saíram atirando para o alto, apresando ainda mais a saída dos quatro cavaleiros.

                                                       --------- EJO ------- Continua 




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