Capítulo –
05
Coronel -
Olá meninos, já estão preparados pra diversão de logo mais, olha não quero furo
de ninguém, aquele que falhar já sabe, não vai ter outra oportunidade, talvez
nem de ver o dia amanhecer, espero que já tenham traçado um bom plano, pois não
pode passar desta noite.
Todos aqui
a meia noite, com lenço para cobrir o rosto, outra coisa, ninguém pode estar
fardado, e de preferência até trocar os animais, quanto menos pista melhor, eu
não vou com vocês.
Delegado -
Como, não, patrão?
Coronel -
Agora à tardinha eu vou lá pras bandas da fazenda, e nas aproximações eu vou
dar um jeito pra ficar a pé, vou fazer o cavalo me derrubar e sair em galopada
e então chego à fazenda e peço pra passar a noite lá. Será que deu pra vocês
entenderem?
Delegado -
É claro, como não pensei nisto antes, assim ficaremos livres de qualquer
suspeita.
Coronel - E
ainda vão me agradecer por eu ter ajudado eles contra os bandidos, eu vou dar
muitos tiros em vocês, mas todos vão errar os alvos, podem ficar tranqüilos.
Vou fazer
todo possível pra não deixá-los sair pra fora da casa, alegando ser perigoso,
enquanto isto vocês terminam o serviço e sai imediatamente do local, quando
virarem as costas então eu saio atirando a torto e a direito, para
impressioná-los.
------
Na fazenda
já na hora do jantar, o Coronel com a cara mais deslavada, de chapéu preto e
todo sujo de poeira, bate com o chapéu nas calças como que estivesse tirando a
poeira da roupa. Aproxima-se da casa chamando pelo senhor Zeca.
Coronel --
Senhor Zeca, senhor Zeca, estou em apuros e precisando de socorro, eu não sei o
que aconteceu, mas eu acho que o meu cavalo tropeçou em uma serpente,
apavorou-se e me derrubou.
E a estas
horas não tenho como chegar em casa, será que o senhor não se importa de me dar
uma pousada até amanhã cedo?
Senhor Zeca
- De modo algum, em minha casa sempre dá guarida para quem chega às ultimas
horas do dia.
Coronel - O
senhor é muito hospitaleiro senhor Zeca, é de pessoas como o senhor que deveria
ser formado o mundo o senhor tem bom coração, e sempre vou lembrar disto.
Amanhã bem
de manhã eu preciso estar lá na delegacia vou ter que pular cedo da cama, estou
muito cansado e é bem provável que eu passe da hora, será que dá pro senhor me
acordar, às cinco horas, se não for incomodo?
Senhor Zeca
- Claro que não, às cinco horas, aqui em casa já estão todos trabalhando
Jantaram
com calma como se nada de ruim estivesse pra acontecer, mas o Coronel não via à
hora de se recolher, pois quanto mais depressa fosse deitar, mais depressa o
pessoal se aquietava.
Agora era
só aguardar a sua quadrilha, para cometerem a maior injustiça a quem lhe dera
guarida.
As horas
passam, e o silencio era total, os bandidos, chegaram pé, por pé, espalhando
querosene nos paióis.
Quando o
ultimo galão foi despejado, começaram a colocar fogo em tudo, os moradores da
fazenda quando acordaram e se deu conta do que estava acontecendo, sai cada um
com um balde de água na mão.
Mas, o que
poderiam fazer, mediante a tanto fogo?
E o
Coronel, lá quietinho, quando viu que o senhor Zéca saiu pra fora com uma arma
na mão, grita pro senhor Zéca.
Coronel -
Cuidado senhor Zeca estes homens podem estar de tocalha e acertar o senhor;
sinceramente eu nunca podia pensar que o senhor tivesse inimigos, se tem alguém
que possa enfrentar esses malditos, esse alguém tem que ser eu, pois afinal de
contas, eu sou autoridade, e estou preparado pra isto.
Passa a
frente do senhor Zeca e começa dar tiros pra todo lado...
------- EJO ------ Continua
No comments:
Post a Comment