Monday, December 22, 2014

O PREÇO DA GANÂNCIA--CAPÍTULO-11


Capítulo  --  11

Na delegacia

Coronel - Como agente se engana com as pessoas, quem poderia imaginar um capitão da guarda nacional aqui por estas bandas.
Já que falhamos neste plano, estamos nas mãos dele, com fazenda ou sem fazenda, vamos dar o fora daqui agora.
Não podemos dar bobeira, pois se ele descobrir, o que realmente somos, vamos pegar um bom tempo na cadeia, acho que um bom lugar pra gente se esconder é lá pras bandas do Mato Grosso.
O dinheiro do diamante vai dar pra comprar um pedaço de terra, e o clima lá é muito agradável, isto sem contar que tem muita caça e boa pesca, poderemos passar lá um bom tempo.

Na Fazenda

D.Gertrude - Mais, ocê é danadinho em Zequinha, pro mode de quê ocê disse que só tinha dinheiro pra pagá passage e um lanche barato? O que é lanche?

Zequinha -(caçoando) Pru mode que eu num pudia falá pra ocêis si não ocêis ia dar com a língua nos dentes, e Lanche é tudo que se come fora de hora ou fora de casa, coisas que não tem nada a ver com almoçar ou jantar, deu pra entender?

*E assim todos se reuniram ao redor do Zequinha, cada um com uma pergunta mais estapafúrdia que a outra, e ali se fez uma grande festa.*
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Algum tempo depois, lá em Mato Grosso.

Feitosa - Até que as coisas não foram tão ruins assim pra nós, estamos até muito bem alojados, um casa razoável e grande que até dá pra gente casar e trazer nossas mulheres pra cá.

Caliu - (O coronel de araque) Bem pensado Feitosa, aqui nós até poderemos mudar de vida, pelo menos por um bom tempo, até agente ver o que fazer da vida; por enquanto vamos nos mostrar bonzinhos e amáveis com todos, vamos mostrar que somos gente de bem, aí quando ganharmos a confiança de todos!..

Adalberto - (adianta) Aí voltaremos pra nossa antiga profissão, e pelo visto aqui tem muito onde trabalhar (todos dá uma tremenda gargalhada)

Caliu - Enquanto existir otário no mundo, não vai faltar trabalho pra nós, só que precisamos ter cuidado, pra não cair noutra enrascada igual a das Minas Gerais.

Feitosa - É! Subestimamos a nossa vitima, e deu no que deu, precisamos analisar bem, todos os pontos, os favoráveis e os contrários.
Só depois de muita certeza é que iremos agir, mas, por enquanto, vamos ter que por a mão na massa de forma diferente.
Vamos ter que trabalhar sim, e mostrar pra esta gente que somos gentes trabalhadoras.


Adalberto - Sugiro, em convidar o pessoal da redondeza, pra uma festinha de recepção, aos poucos conquistaremos a confiança de todos, e quem sabe se nesta festa, conseguiremos arranjar algum rabo de saia. (todos dão boas risadas, satisfeitos).

                                                 ------ EJO ------- Continua

               

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